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30/05/2005 - 19h13

Confira os principais momentos da sabatina com Gilberto Gil

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da Folha Online

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, participou hoje do ciclo de sabatinas da Folha. Para uma platéia de cerca de 300 pessoas, Gil opinou sobre temas polêmicos, como descriminalização das drogas, racismo, cotas raciais, governo Lula e sua atuação como ministro.

Gil chegou a contar, por exemplo, que já foi vítima do preconceito racial. Isso teria ocorrido quando ele tentou alugar um apartamento em São Paulo. Na época, ele trabalhava para a multinacional Gessy Lever. "Quando a pessoa [do apartamento] me viu, disse que o apartamento já estava alugado."

Veja a seguir os principais trechos da sabatina:

MACONHA
"Não fumo mais. Deixei [a maconha] quando fiz 50 anos."

DROGAS
"Sou a favor da transferência de um problema policial para um problema de saúde, para se ter uma gestão mais tranqüila. Por que tem que ser proibido? Para que haja tráfico, para que haja traficante? Transformar o problemas das drogas em um problema de saúde publica, seria uma mudança de rumo, de enfoque. Não quero que a droga seja liberada para comprar."

RACISMO
"O mundo está cheio de racismo. Há racismos engraçados, como dos coreanos contra chineses, e dos chineses contra os japoneses. Acho que o tratamento que se quer dar Brasil através da lei, com a punição do racismo é um tratamento razoável."

COTAS NAS UNIVERSIDADES
"A política compensatória é para equilibrar o preconceito. O que está por trás desta idéia é restabelecer o equilíbrio que surgiu por causa da escravidão. As estatísticas mostram os negros não competem [de igual para igual com os brancos]. As estatísticas mostram que existe sim a questão racial. Você tem que criar uma cota de negros dentro da universidade. Sou a favor do que é admissível."

GOVERNO LULA
"Eu não tenho intenção nenhuma de deixar de colaborar com o governo Lula. Na medida em que eu puder ficar e que as dificuldades não forem incontornáveis, eu fico. Não me decepcionei porque sei que as coisas são complicadas. Não é fácil conciliar um ideário reformista profundo com o status quo, com as coisas como estão.

ORÇAMENTO PÚBLICO
"Outro dia estive com a ministra de Cultura de Portugal e ela disse que tinha um problema enorme. Quando eu disse a ela que tinham contigenciado 50% do orçamento [da Cultura], ela disse que isso era intolerável. Eu acho que deve deixar claro que essa situação não é novidadeiramente específica do governo Lula."

ANCINAV
"A minha expectativa é de que [a Ancinav] ocorra quando tenha que ocorrer. O governo nunca disse que a Ancinav estava suspensa. "

CPI DOS CORREIOS
"Eu não vejo nada acima dos índices dos governos anteriores. A sociedade brasileira que tem que mudar, não só o governo. O governo fez aquilo que tinha de fazer, tomando as providências envolvendo a polícia."

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  • Leia o que foi publicado na especial sobre as sabatinas na Folha
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