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13/08/2005
-
11h54
da Folha Online
da Agência Folha
Cearense de nascimento, Miguel Arraes construiu sua carreira política em Pernambuco e se tornou um dos maiores expoentes da esquerda brasileira.
Foi deputado estadual e governador do Estado por três vezes.
Em seu primeiro mandato como governador, foi deposto pela ditadura militar. Exilou-se na Argélia, em 1965, e só retornou ao Brasil 14 anos depois, beneficiado pela Lei da Anistia.
Arraes nasceu no dia 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará, onde freqüentou os primeiros anos de escola. Em 1932, concluiu o curso secundário no Colégio Diocesano, no Crato, também no Ceará, e em seguida mudou-se para o Recife.
Em Recife, Miguel Arraes prestou concurso público para IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), onde conheceu Barbosa Lima Sobrinho, antigo presidente do IAA, que o levou para a vida pública.
Carreira
Miguel Arraes iniciou-se na vida pública em 1948 como secretário estadual da Fazenda na gestão do então governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho.
Disputou sua primeira eleição em 1950, quando se elegeu suplente de deputado estadual. Foi só em 1958 que conquistou uma vaga titular na Assembléia Legislativa de Pernambuco.
Foi secretário da Fazenda no governo Cid Sampaio em 1959, mesmo ano em que se elegeu prefeito do Recife. Em 1962, Miguel Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco.
Exílio
No seu governo (que não chegou a concluir), Miguel Arraes desencadeou um programa nacionalista, com ações voltadas para os trabalhadores rurais.
Foi deposto em 1º de abril de 1964 pelo regime militar. Saiu do Palácio do Governo diretamente para a prisão. Permaneceu onze meses presos na ilha de Fernando de Noronha.
Conseguiu um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) somente em 25 de maio de 1965 e decidiu se exilar na Argélia.
Depois de viver 14 anos no exílio, Miguel Arraes retonou para o Brasil em 1979, beneficiado pela Lei da Anistia concedida pelo governo brasileiro a todos os banidos pelo regime.
De volta a Recife, Arraes retomou sua trajetória política, se filiando ao PMDB ( Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Foi eleito deputado federal em 1982.
Em 1986, ainda pelo PMDB, Miguel Arraes foi eleito pela segunda vez governador de Pernambuco. Em 1990, já pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual foi fundador e presidente nacional, Arraes foi eleito, novamente, deputado federal.
Em 1994, foi eleito pela terceira vez governador de Pernambuco, derrotando Gustavo Krause (PFL) por uma diferença de mais de 300 mil votos.
Em 1998, ainda no cargo de governador, Arraes decidiu disputar a reeleição contra Jarbas Vasconcelos, seu antigo aliado, mas foi derrotado. Em 2002, mais uma vez elege-se deputado federal.
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Miguel Arraes governou Pernambuco três vezes
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da Agência Folha
Cearense de nascimento, Miguel Arraes construiu sua carreira política em Pernambuco e se tornou um dos maiores expoentes da esquerda brasileira.
Foi deputado estadual e governador do Estado por três vezes.
Em seu primeiro mandato como governador, foi deposto pela ditadura militar. Exilou-se na Argélia, em 1965, e só retornou ao Brasil 14 anos depois, beneficiado pela Lei da Anistia.
Arraes nasceu no dia 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará, onde freqüentou os primeiros anos de escola. Em 1932, concluiu o curso secundário no Colégio Diocesano, no Crato, também no Ceará, e em seguida mudou-se para o Recife.
Em Recife, Miguel Arraes prestou concurso público para IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), onde conheceu Barbosa Lima Sobrinho, antigo presidente do IAA, que o levou para a vida pública.
Carreira
Miguel Arraes iniciou-se na vida pública em 1948 como secretário estadual da Fazenda na gestão do então governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho.
Disputou sua primeira eleição em 1950, quando se elegeu suplente de deputado estadual. Foi só em 1958 que conquistou uma vaga titular na Assembléia Legislativa de Pernambuco.
Foi secretário da Fazenda no governo Cid Sampaio em 1959, mesmo ano em que se elegeu prefeito do Recife. Em 1962, Miguel Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco.
Exílio
No seu governo (que não chegou a concluir), Miguel Arraes desencadeou um programa nacionalista, com ações voltadas para os trabalhadores rurais.
Foi deposto em 1º de abril de 1964 pelo regime militar. Saiu do Palácio do Governo diretamente para a prisão. Permaneceu onze meses presos na ilha de Fernando de Noronha.
Conseguiu um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) somente em 25 de maio de 1965 e decidiu se exilar na Argélia.
Depois de viver 14 anos no exílio, Miguel Arraes retonou para o Brasil em 1979, beneficiado pela Lei da Anistia concedida pelo governo brasileiro a todos os banidos pelo regime.
De volta a Recife, Arraes retomou sua trajetória política, se filiando ao PMDB ( Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Foi eleito deputado federal em 1982.
Em 1986, ainda pelo PMDB, Miguel Arraes foi eleito pela segunda vez governador de Pernambuco. Em 1990, já pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual foi fundador e presidente nacional, Arraes foi eleito, novamente, deputado federal.
Em 1994, foi eleito pela terceira vez governador de Pernambuco, derrotando Gustavo Krause (PFL) por uma diferença de mais de 300 mil votos.
Em 1998, ainda no cargo de governador, Arraes decidiu disputar a reeleição contra Jarbas Vasconcelos, seu antigo aliado, mas foi derrotado. Em 2002, mais uma vez elege-se deputado federal.
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