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14/07/2005 - 10h00

Lula participa da festa de comemoração da Queda da Bastilha

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da EFE, em Paris

O tradicional desfile militar de comemoração da Queda da Bastilha, o ponto máximo da Revolução Francesa (1789), e a principal data nacional francesa, foi marcado nesta quinta-feira pela presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo excepcional reforço da segurança após os atentados de Londres.

O dispositivo de segurança se manteve de forma discreta, para dar destaque à parada militar, que, além de incluir as cores verde e amarelo do Brasil, homenageou as tropas francesas espalhadas pelo mundo em missões humanitárias.

Cerca de 5.000 agentes se encarregaram da segurança durante o desfile, quase 300 mais que no ano passado, uma medida adotada dentro do plano de vigilância antiterrorista, que foi elevado em nível vermelho, o segundo mais rigoroso na escala, após os atentados de Londres de uma semana atrás.

Os presentes ao desfile tiveram de passar por diversas barreiras de segurança, e agentes à paisana se distribuíram no público, para evitar incidentes como o que aconteceu em 2002, quando um jovem de extrema direita tentou atirar no presidente Jacques Chirac.

O número de unidades policiais foi multiplicado em toda a capital e os franco-atiradores foram posicionados nos telhados dos imóveis próximos da avenida dos Champs-Elysées, palco do desfile, iniciado com a habitual passagem de revista das tropas por parte do presidente francês.

Chirac se reuniu depois na tribuna de honra com o presidente Lula. Juntos, escutaram uma interpretação da Marselhesa, o hino francês, a cargo do tenor franco-italiano Roberto Alagna.

A patrulha aérea da França sobrevoou os Champs-Elysées deixando uma esteira tricolor de fumaça vermelha, branco e azul, as cores da bandeira francesa.

Debaixo de sol e calor, a parada militar foi aberta com a fanfarra militar do corpo de fuzileiros navais brasileiros, vestidos de uniformes vermelhos e brancos e com sua música típica, na qual se destacam as gaitas, presente da rainha Vitória, da Inglaterra.

Os cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras desfilaram posteriormente com seus uniformes escuros e deram passagem às 35 unidades militares francesas procedentes dos três exércitos, um total de 95 aviões e helicópteros, 380 veículos militares, 83 motos, 241 cavalos, 146 cães e cerca de 4.000 homens.

Chirac e Lula, que conversaram animadamente em várias ocasiões durante o desfile, aplaudiram em diferentes momentos. O mais emocionante para o governante brasileiro foi quando a Esquadrilha da Fumaça, formada por sete aviões Tucano, atravessou os céus de Paris, deixando um rastro de fumaça verde e amarela, uma homenagem ao Brasil que encerrou o desfile.

Esses aviões foram o momento culminante da presença brasileira pela primeira vez no desfile de 14 de julho. Se em exercícios anteriores tropas espanholas, britânicas e do Eurocorps desfilaram junto às francesas, neste ano, no qual a França celebra o Ano do Brasil, não podiam faltar as forças brasileiras.

É a segunda vez que a Esquadrilha da Fumaça atravessava o Atlântico --a primeira foi em 1985--, em uma odisséia para os Tucano, que não têm autonomia suficiente para um trajeto de sete horas e meia de vôo.

Por isso, os aparatos foram equipados de depósitos suplementares sob as asas, o que lhes permitiu alcançar a Ilha do Sal, em Cabo Verde, primeira escala antes de, no sábado passado, pousar no aeroporto de Villacoublay, nos arredores de Paris, cinco dias após sua partida da base de treino de Pirassununga.

Além do Brasil, o outro signo distintivo do desfile foi a homenagem às tropas francesas que participaram de missões solidárias no exterior. Entre elas, desfilaram soldados que participaram de trabalhos de ajuda humanitária durante o tsunami que em dezembro assolou o sudeste asiático.

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