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12/08/2005
-
17h18
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Parlamentares de esquerda reprovaram o pronunciamento feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede de TV. No primeiro pronunciamento oficial em que tratou diretamente da crise política, Lula pediu desculpas à população e disse que se sentia traído.
O pronunciamento de Lula foi feito um dia depois do publicitário Duda Mendonça confirmar à CPI dos Correios que recebeu do PT, por meio de Marcos Valério, dinheiro de caixa dois numa conta aberta no exterior para pagar despesas da campanha de 2002.
Para a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), Lula não foi traído. "Foi ele que traiu o país. Foi ele quem manteve a política de submissão com a política econômica neoliberal. Foi ele quem fez alianças com partidos de direita."
O deputado João Alfredo (PT-CE), da DS (Democracia Socialista), disse que o discurso de Lula foi "aquém da crise política" e das expectativas da nação e do PT". "Foi um discurso lido, frio e que não passou segurança [para o povo]."
Para Alfredo, o presidente Lula deveria ter sido mais explícito no seu pedido de desculpas. "Ele [Lula] deveria apresentar um projeto de mudanças na lei eleitoral e na política econômica."
Valter Pomar, representante da Articulação de Esquerda e vice-presidente do PT, também considerou "insuficiente" as desculpas dadas hoje por Lula. "Esperava que ele fosse mais específico. Que ao falar de traição, desse nome aos traidores. Que ao falar de erros, tivesse apontado para eles e mostrado soluções."
Pomar disse ainda que faltou ao presidente denunciar "o projeto da direita de reconquistar o poder no país". "Essa direita quer destruir o governo e o PT."
Segundo ele, o principal problema do pronunciamento foi a falta de sinalização de ruptura com o modelo que levou o governo e o PT à atual crise. "Ele precisava sinalizar uma vontade de mudar."
O deputado federal Ivan Valente (PT-SP), pertencente à APS (Ação Popular Socialista), também queria que Lula apresentasse o nome dos "traidores". "Os petistas esperam por essas respostas. Porque uma organização secreta foi montada dentro do PT e manchou a imagem de todo o partido."
Valente disse que será lançado na próxima semana um manifesto pela mudança e pelo socialismo para responder à atual crise. Segundo ele, esse movimento será formado tanto por petistas como não-petistas. "Será um movimento dos defensores da democracia."
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Esquerda critica discurso de Lula e diz que presidente deve dar nome aos traidores
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da Folha Online
Parlamentares de esquerda reprovaram o pronunciamento feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede de TV. No primeiro pronunciamento oficial em que tratou diretamente da crise política, Lula pediu desculpas à população e disse que se sentia traído.
O pronunciamento de Lula foi feito um dia depois do publicitário Duda Mendonça confirmar à CPI dos Correios que recebeu do PT, por meio de Marcos Valério, dinheiro de caixa dois numa conta aberta no exterior para pagar despesas da campanha de 2002.
Para a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), Lula não foi traído. "Foi ele que traiu o país. Foi ele quem manteve a política de submissão com a política econômica neoliberal. Foi ele quem fez alianças com partidos de direita."
O deputado João Alfredo (PT-CE), da DS (Democracia Socialista), disse que o discurso de Lula foi "aquém da crise política" e das expectativas da nação e do PT". "Foi um discurso lido, frio e que não passou segurança [para o povo]."
Para Alfredo, o presidente Lula deveria ter sido mais explícito no seu pedido de desculpas. "Ele [Lula] deveria apresentar um projeto de mudanças na lei eleitoral e na política econômica."
Valter Pomar, representante da Articulação de Esquerda e vice-presidente do PT, também considerou "insuficiente" as desculpas dadas hoje por Lula. "Esperava que ele fosse mais específico. Que ao falar de traição, desse nome aos traidores. Que ao falar de erros, tivesse apontado para eles e mostrado soluções."
Pomar disse ainda que faltou ao presidente denunciar "o projeto da direita de reconquistar o poder no país". "Essa direita quer destruir o governo e o PT."
Segundo ele, o principal problema do pronunciamento foi a falta de sinalização de ruptura com o modelo que levou o governo e o PT à atual crise. "Ele precisava sinalizar uma vontade de mudar."
O deputado federal Ivan Valente (PT-SP), pertencente à APS (Ação Popular Socialista), também queria que Lula apresentasse o nome dos "traidores". "Os petistas esperam por essas respostas. Porque uma organização secreta foi montada dentro do PT e manchou a imagem de todo o partido."
Valente disse que será lançado na próxima semana um manifesto pela mudança e pelo socialismo para responder à atual crise. Segundo ele, esse movimento será formado tanto por petistas como não-petistas. "Será um movimento dos defensores da democracia."
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