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13/09/2005
-
22h05
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Buscando desde já consolidar seu nome no PMDB para a prévia que escolherá o candidato do partido à Presidência da República, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) disse hoje ter a expectativa de que o vice-presidente José Alencar retorne ao PMDB para concorrer ao governo de Minas.
"A expectativa é que ele venha para ser governador", afirmou Garotinho, que falou por telefone com o vice-presidente durante reunião com a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa de Minas.
Parte da seção mineira do partido de fato sonha com Alencar para disputar o governo mineiro. Mas outra parte espera que, se de fato ocorrer a refiliação, o vice de Lula se torne "naturalmente um forte nome" para disputar a prévia do PMDB de março, segundo Adalclever Lopes, líder da bancada peemedebista na Assembléia Legislativa mineira.
Portanto, Alencar seria mais um concorrente de Garotinho entre os possíveis candidatos do PMDB à Presidência --como também é, teoricamente, Itamar Franco, cujo nome a bancada mineira tenta alavancar. Indagado sobre Itamar, Garotinho também não o considerou um rival: "Pelo que estou informado, ele quer ser candidato ao Senado".
Recém saído do PL, legenda envolvida nas acusações de "mensalão", Alencar tem até o próximo dia 30 para se filiar a um partido se quiser disputar as eleições de 2006. Os mais prováveis destinos dele hoje são o PSB e o PMDB, partido pelo qual entrou na política há 11 anos.
Alencar disse à Folha, na última quinta, que tem sido procurado por muitos partidos, mas que não estava pensando em filiação. Questionado se poderia disputar a presidência em 2006, disse que "tudo pode acontecer". Ele tem conversado até mesmo com os eventuais concorrentes em 2006, como o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB).
"Antítese"
Animado com a proposta do programa de governo lançada ontem pelo PMDB em Curitiba e confiante que o partido terá candidato próprio ao Planalto, Garotinho afirmou que, embora o prazo de inscrição para a prévia do PMDB seja em fevereiro, ele vai se inscrever no próximo dia 20 porque "alguém tem que fazer o contraditório". Referia-se à atual política econômica.
"Mais importante do que qualquer nome, o mais decisivo vai ser o programa que o PMDB vai apresentar ao país. É um programa nacionalista, desenvolvimentista e trabalhista. Constituído como a antítese, ou seja, o contrário, o oposto do vigente no Brasil, do Pedro Malan [ex-ministro de FHC, do PSDB] e do Palocci [atual ministro da Fazenda, do PT de Lula]", disse Garotinho. "PT e PSDB representam a mesma coisa."
Questionado pela Folha sobre o fato de o PMDB ter apoiado a política econômica sob FHC (1995-2002), embora ele na época não estivesse no partido, o ex-governador disse que o documento com a proposta peemedebista faz uma "autocrítica para reconhecer que foi um erro apoiar".
Para Garotinho, os critérios que vão balizar a escolha do nome do PMDB serão "quem unir melhor o partido", tiver as "melhores condições de ganhar" o pleito e for capaz de "promover alianças" mais amplas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Anthony Garotinho
Garotinho quer Alencar no PMDB, mas para disputar governo de Minas
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Buscando desde já consolidar seu nome no PMDB para a prévia que escolherá o candidato do partido à Presidência da República, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) disse hoje ter a expectativa de que o vice-presidente José Alencar retorne ao PMDB para concorrer ao governo de Minas.
"A expectativa é que ele venha para ser governador", afirmou Garotinho, que falou por telefone com o vice-presidente durante reunião com a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa de Minas.
Parte da seção mineira do partido de fato sonha com Alencar para disputar o governo mineiro. Mas outra parte espera que, se de fato ocorrer a refiliação, o vice de Lula se torne "naturalmente um forte nome" para disputar a prévia do PMDB de março, segundo Adalclever Lopes, líder da bancada peemedebista na Assembléia Legislativa mineira.
Portanto, Alencar seria mais um concorrente de Garotinho entre os possíveis candidatos do PMDB à Presidência --como também é, teoricamente, Itamar Franco, cujo nome a bancada mineira tenta alavancar. Indagado sobre Itamar, Garotinho também não o considerou um rival: "Pelo que estou informado, ele quer ser candidato ao Senado".
Recém saído do PL, legenda envolvida nas acusações de "mensalão", Alencar tem até o próximo dia 30 para se filiar a um partido se quiser disputar as eleições de 2006. Os mais prováveis destinos dele hoje são o PSB e o PMDB, partido pelo qual entrou na política há 11 anos.
Alencar disse à Folha, na última quinta, que tem sido procurado por muitos partidos, mas que não estava pensando em filiação. Questionado se poderia disputar a presidência em 2006, disse que "tudo pode acontecer". Ele tem conversado até mesmo com os eventuais concorrentes em 2006, como o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB).
"Antítese"
Animado com a proposta do programa de governo lançada ontem pelo PMDB em Curitiba e confiante que o partido terá candidato próprio ao Planalto, Garotinho afirmou que, embora o prazo de inscrição para a prévia do PMDB seja em fevereiro, ele vai se inscrever no próximo dia 20 porque "alguém tem que fazer o contraditório". Referia-se à atual política econômica.
"Mais importante do que qualquer nome, o mais decisivo vai ser o programa que o PMDB vai apresentar ao país. É um programa nacionalista, desenvolvimentista e trabalhista. Constituído como a antítese, ou seja, o contrário, o oposto do vigente no Brasil, do Pedro Malan [ex-ministro de FHC, do PSDB] e do Palocci [atual ministro da Fazenda, do PT de Lula]", disse Garotinho. "PT e PSDB representam a mesma coisa."
Questionado pela Folha sobre o fato de o PMDB ter apoiado a política econômica sob FHC (1995-2002), embora ele na época não estivesse no partido, o ex-governador disse que o documento com a proposta peemedebista faz uma "autocrítica para reconhecer que foi um erro apoiar".
Para Garotinho, os critérios que vão balizar a escolha do nome do PMDB serão "quem unir melhor o partido", tiver as "melhores condições de ganhar" o pleito e for capaz de "promover alianças" mais amplas.
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