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26/09/2005 - 18h34

CPI dos Bingos poderá investigar "máfia do apito"

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da Folha Online

A CPI dos Bingos poderá entrar na investigação da chamada "máfia do apito" --responsável pela manipulação de resultados de partidas de futebol dos campeonatos Brasileiro e Paulista. O relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), classificou nesta segunda-feira como "graves" as denúncias divulgadas no último fim de semana e informou que entrará em contato com o Ministério Público de São Paulo para obter informações mais detalhadas sobre a fraude.

Somente após essa conversa é que a CPI poderá definir uma estratégia para aprofundar as investigações, se for o caso, segundo disse o senador.

O esquema da quadrilha era simples e funcionava da seguinte maneira: após o acerto do resultado do jogo com o árbitro da partida, a quadrilha apostava pesado em dois sites de jogos de azar na Internet, que oferecem loterias eletrônicas de forma ilegal. Com lucro garantido, a estimativa é que os fraudadores ganharam mais de R$1 milhão nos últimos seis meses.

A quadrilha --composta por grupos de empresários e donos de casas de jogos de bingo em Piracicaba (SP) e na capital paulista-- foi descoberta neste fim de semana, após meses de investigação comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Federal.

Entre os envolvidos, estão o juiz de futebol da Fifa (Federação Internacional de Futebol) Edílson Pereira de Carvalho, que já se encontra preso e que, de acordo com as investigações, chegava a cobrar propina no valor de R$ 15 mil por "jogo vendido", e o empresário Nagib Fayad, um dos principais mentores do crime.

Agenda

Nesta terça-feira, a CPI dos Bingos deve colher depoimentos do superintendente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) Donizete de Carvalho Rosa, e do ex-gerente financeiro da Vilimpress, Indústria e Comércio Gráficos Luciano Maglia. Essa empresa teria prestado serviços para o PT na campanha eleitoral de 2002.

Na quarta-feira, deve prestar depoimento o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Na época do assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002, Greenhalgh --que é advogado-- foi indicado pelo PT para acompanhar todo o inquérito.

Também na quarta-feira, deve prestar depoimento Wladimir Poleto, que por diversas vezes manteve contato telefônico com o advogado Rogério Tadeu Buratti --acusado por ex-diretores da multinacional Gtech de ter exigido propina da empresa no valor de R$ 6 milhões para a renovação de contrato entre a empresa e a CEF (Caixa Econômica Federal), em abril de 2003. Todos os depoimentos estão marcados para às 11h.

Com Agência Senado

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