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03/10/2005 - 10h24

CPIs tentam recuperar fôlego com semana marcada por acareações

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da Agência Folha, em Brasília
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Após duas semanas de turbulência com a queda de Severino Cavalcanti (PP-PE), a disputa pela sucessão da Presidência da Câmara e o término do prazo de filiações partidárias, as CPIs tentam recuperar o fôlego nesta semana e impedir o estancamento das investigações.

No Senado, o momento mais esperado é a acareação agendada para quarta-feira na CPI dos Bingos com Rogério Tadeu Buratti (ex-secretário de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto), Waldomiro Diniz (ex-assessor da Casa Civil no período de José Dirceu), Carlos Cachoeira (empresário do ramo de jogos), Enrico Gianelli (ex-advogado da GTech) e Marcelo Rovai (ex-diretor da multinacional GTech).

"A acareação poderá esclarecer de uma vez o caso GTech, que tem ocupado a CPI, vamos conseguir esclarecer por meio da confrontação. Nossa CPI tem tudo agora para deslanchar", afirmou o relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

Há vários pontos de divergência entre os cinco personagens.

A principal contradição diz respeito aos contatos feitos por Buratti à época da renovação do contrato milionário entre a empresa e a Caixa Econômica Federal, em 2003.

Os executivos da GTech dizem ter sido procurados por Buratti por indicação de Waldomiro Diniz, ex-assessor do então ministro José Dirceu na Casa Civil até 2004. A multinacional diz que Buratti teria cobrado R$ 6 milhões para interceder a seu favor na renovação, que não foram pagos. Buratti, por sua vez, diz que a empresa tentou suborná-lo.

Fase "técnica"

A CPI dos Correios entra em uma fase "técnica", de análise de documentos provenientes de quebras de sigilos.

Segundo o relator da comissão, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), a CPI entra num momento de "desova dos relatórios" segmentados.

O relator afirmou que as subcomissões tomarão cerca de cinco depoimentos por dia, duas vezes por semana.

"Do ponto de vista político pode parecer perda de fôlego, disputas e intrigas, mas na área técnica agora é que chegou a fase boa", disse Gustavo Fruet (PSDB-PR), um dos sub-relatores.

Sem holofotes

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse acreditar que o trabalho das sub-relatorias, "que não tem tanto holofote", resulta no "melhor eixo de investigação".

Além disso, na Câmara, a corregedoria deverá votar até o final da semana o relatório da comissão de sindicância responsável por ouvir a defesa dos 16 parlamentares acusados de serem beneficiários do suposto esquema do "mensalão".

A corregedoria e o Conselho de Ética da Casa enfrentam um embate sobre a responsabilidade de arquivar alguns casos.

"É uma polêmica boba, estéril. Tanto faz mandar com todos os nomes ou isoladamente porque quando chegar ao Conselho de Ética vai separar caso a caso", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP).

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