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24/11/2005
-
10h32
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta quinta-feira, durante entrevista concedida para emissoras de rádio, que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, permanecerá no cargo.
"O Palocci é uma figura extremamente importante nesse momento político e econômico do Brasil. O Palocci foi convidado por mim, continuará e será o meu ministro da Fazenda. Isso não tem discussão, especulação", afirmou.
"Mexer no Palocci é a mesma coisa que pedir para o Barcelona tirar o Ronaldinho de jogar, deixa ele jogando, ele está bem. De vez em quando, o Ronaldinho perde um gol, de vez em quando o Palocci pode dizer alguma coisa que alguém não goste, mas isso faz parte da vida. No geral, as coisas estão indo muito bem. E podem melhorar, trabalhamos para melhorar", reiterou Lula.
Segundo o presidente, Palocci é um homem "calculista" que transmite para os investidores tranqüilidade em relação à condução econômica. "O Palocci é um homem de uma competência acima da média das pessoas que já passaram pela Fazenda no Brasil", disse. "Quem quiser especular que vá para a Bolsa de Valores, não faça isso com o nome de ministros", acrescentou.
Sobre as recentes críticas da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à política de ajuste fiscal, Lula afirmou que as divergências são saudáveis, mas que deveriam ocorrer internamente. "Gostaria que eles [ministros] debatessem entre eles e que só fosse para a imprensa o resultado final, que é isso que interessa para o povo brasileiro."
Pesadelos
Ao ser questionado se tem pesadelos com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o presidente disse que não. "Eu não tenho pesadelo. Eu tenho muitas mais razões para sonhar coisas boas do que para ter pesadelos", disse.
Valério e Delúbio são os principais envolvidos em denúncias de corrupção investigadas pelas CPIs do Congresso Nacional.
Lula disse ainda que mais de 500 servidores públicos e 130 policiais federais já foram afastados por denúncias de corrupção, durante o atual governo. Ele disse, no entanto, que é preciso apurar cuidadosamente as denúncias antes de afastar um funcionário.
Mensalão
Sobre as denúncias de "mensalão" e o envolvimento de autoridades em esquemas de corrupção, o presidente reafirmou que existem pessoas que estão mais interessadas em "denunciar sem trégua" do que em investigar. "O que o presidente da República tem que fazer é não fugir da sua responsabilidade. E eu sou daqueles que querem apurar a verdade doa a quem doer. Agora, tem critérios. Eu não posso enforcar para depois julgar. Primeiro, eu preciso julgar para tomar as outras atitudes."
O presidente negou novamente ter tido conhecimento prévio das denúncias do suposto pagamento de mesada a deputados, o "mensalão". "Só tem três possibilidades de o presidente saber [de irregularidades]: ou se ele participou da reunião, ou se alguém que participou contou para ele, ou se a imprensa denunciar."
A entrevista do presidente foi concedida às emissoras de rádio Capital AM (SP), Tupi (SP), Globo (RJ) e Tupi (RJ). Esta é a segunda de uma série de entrevistas --a primeira foi na última sexta-feira.
Com Agência Brasil
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Palocci é extremamente importante neste momento político e econômico, diz Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta quinta-feira, durante entrevista concedida para emissoras de rádio, que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, permanecerá no cargo.
"O Palocci é uma figura extremamente importante nesse momento político e econômico do Brasil. O Palocci foi convidado por mim, continuará e será o meu ministro da Fazenda. Isso não tem discussão, especulação", afirmou.
"Mexer no Palocci é a mesma coisa que pedir para o Barcelona tirar o Ronaldinho de jogar, deixa ele jogando, ele está bem. De vez em quando, o Ronaldinho perde um gol, de vez em quando o Palocci pode dizer alguma coisa que alguém não goste, mas isso faz parte da vida. No geral, as coisas estão indo muito bem. E podem melhorar, trabalhamos para melhorar", reiterou Lula.
Segundo o presidente, Palocci é um homem "calculista" que transmite para os investidores tranqüilidade em relação à condução econômica. "O Palocci é um homem de uma competência acima da média das pessoas que já passaram pela Fazenda no Brasil", disse. "Quem quiser especular que vá para a Bolsa de Valores, não faça isso com o nome de ministros", acrescentou.
Sobre as recentes críticas da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à política de ajuste fiscal, Lula afirmou que as divergências são saudáveis, mas que deveriam ocorrer internamente. "Gostaria que eles [ministros] debatessem entre eles e que só fosse para a imprensa o resultado final, que é isso que interessa para o povo brasileiro."
Pesadelos
Ao ser questionado se tem pesadelos com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o presidente disse que não. "Eu não tenho pesadelo. Eu tenho muitas mais razões para sonhar coisas boas do que para ter pesadelos", disse.
Valério e Delúbio são os principais envolvidos em denúncias de corrupção investigadas pelas CPIs do Congresso Nacional.
Lula disse ainda que mais de 500 servidores públicos e 130 policiais federais já foram afastados por denúncias de corrupção, durante o atual governo. Ele disse, no entanto, que é preciso apurar cuidadosamente as denúncias antes de afastar um funcionário.
Mensalão
Sobre as denúncias de "mensalão" e o envolvimento de autoridades em esquemas de corrupção, o presidente reafirmou que existem pessoas que estão mais interessadas em "denunciar sem trégua" do que em investigar. "O que o presidente da República tem que fazer é não fugir da sua responsabilidade. E eu sou daqueles que querem apurar a verdade doa a quem doer. Agora, tem critérios. Eu não posso enforcar para depois julgar. Primeiro, eu preciso julgar para tomar as outras atitudes."
O presidente negou novamente ter tido conhecimento prévio das denúncias do suposto pagamento de mesada a deputados, o "mensalão". "Só tem três possibilidades de o presidente saber [de irregularidades]: ou se ele participou da reunião, ou se alguém que participou contou para ele, ou se a imprensa denunciar."
A entrevista do presidente foi concedida às emissoras de rádio Capital AM (SP), Tupi (SP), Globo (RJ) e Tupi (RJ). Esta é a segunda de uma série de entrevistas --a primeira foi na última sexta-feira.
Com Agência Brasil
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