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28/11/2005 - 11h20

Saiba mais sobre o jornalista Luiz Alberto Bahia, que morreu hoje aos 82, no Rio

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da Folha de S.Paulo, no Rio

O jornalista Luiz Alberto Bahia, do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, morreu nesta segunda-feira, aos 82 anos, no Rio. Ele integrava o Conselho desde sua criação, em 1978, e nunca deixou de fazer parte dele, ainda que nos últimos tempos não pudesse participar ativamente.

Filho de um oficial da Marinha e uma professora primária --que largou o magistério ao se casar--, Bahia cresceu em Botafogo, bairro da zona sul do Rio, em um ambiente de "classe média pobre", como definia.

A.Campbell/Folha Imagem
Luiz Alberto Bahia, membro do Conselho Editorial da <b>Folha</b>
Luiz Alberto Bahia, membro do Conselho Editorial da Folha
Teve formação católica, o que o marcou por toda a vida, mas tornou-se agnóstico durante os anos de estudo no Colégio Militar. Estudou direito, foi dissuadido pelo pai de cursar filosofia, trabalhou como arquivista do Itamaraty e, em 1945, entrou no que seria, como dizia, a "constante" de sua vida: o jornalismo.

Iniciou sua carreira como repórter do "Correio da Manhã", jornal em que trabalhou até 1962 --com um intervalo entre 1950 e 53, quando foi diretor da British News Service no Brasil. No "Correio" foi editor internacional, secretário de redação, redator-chefe e diretor.

Foi no "Correio" que aprendeu a linha que considerava ideal para um jornal: conservador em matéria econômica, aberto em matéria política e revolucionário na área cultural.

O convívio no jornal com o crítico de arte Mário Pedrosa reforçou sua inclinação socialista. Tornou-se trostskista, sem abandonar seu interesse pelo catolicismo e pelo espiritismo. Sobre as tentativas de unir essas três vertentes, escreveu o livro "O Fenômeno Divino e Outras Convicções" (Dublin, 1999).

Antes, publicara outros dois: "A Dimensão Injusta - Bases para a Revolução Igualitária" (Zahar Editores, 1968) e "Soberania, Guerra e Paz" (Zahar, 1978).

Demitido do "Correio" pela família Bittencourt, que discordava de suas posições pró-Cuba no plano internacional e anti-Lacerda na política brasileira, tornou-se em 62 assessor de San Tiago Dantas, ministro da Fazenda de João Goulart.

Mas logo voltou à imprensa, atuando como editor político da revista "Visão" e editorialista do "Jornal do Brasil".

Foi designado em 62 para atuar como conselheiro do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), função que exerceu até 67. Também foi chefe do gabinete civil de Negrão de Lima, governador da Guanabara, entre 66 e 68. Voltaria a ter um cargo público em 1980, quando se tornou conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio.

Foi editorialista de "O Globo" entre 69 e 72 e, em seguida, editor de opinião do "Jornal do Brasil" entre 73 e 75. Neste ano chegou à Folha. Entre 77 e 80 foi colunista da página 2 do jornal.

Morte

Bahia estava internado havia um mês no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano. Nesse período, sofreu sucessivos derrames, o que comprometeu seu estado de saúde geral. Enfrentou problemas nos pulmões e nos rins e, por volta das 3h30 desta segunda, teve falência múltipla dos órgãos.

O corpo de Bahia está sendo velado na capela 1 do cemitério São João Batista. O enterro está marcado para as 17h, no mesmo cemitério.

O jornalista deixa viúva, Maria de Jesus Nunes Bahia, dois filhos, Luiz Henrique e Mário José, netos e bisnetos.

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