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18/02/2006
-
10h02
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O lobista mineiro Nilton Monteiro, 48, disse ontem que está em seu poder o original da chamada "lista de Furnas", documento que narra um suposto esquema de caixa dois eleitoral organizado pela estatal e que seria assinado pelo ex-diretor de Engenharia da empresa Dimas Toledo.
Em depoimento à CPI dos Correios, Dimas negou a assinatura e disse que o papel é uma fraude.
Monteiro disse ainda possuir originais de oito recibos assinados por parlamentares como comprovantes de doações que teriam recebido recursos do suposto esquema --que envolveria 156 políticos e cerca de R$ 40 milhões.
Monteiro disse que entregará a lista à Polícia Federal de Brasília, mas não fixou uma data.
Em dois depoimentos prestados à PF, Monteiro negara possuir os originais das listas e dos recibos. Dissera que os originais haviam sido entregues a uma mulher identificada apenas pelo prenome e até hoje não localizada.
A PF trabalha até agora apenas com uma cópia autenticada da suposta lista. O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que sem o documento original não há como avançar nas investigações.
Indagado sobre a contradição em seus depoimentos à PF, Monteiro afirmou: "Eu tenho meus direitos. O documento é meu. Se eu chegar assim: "Vou botar fogo", eu boto, mas não. Eu quero ajudar a passar esse país a limpo".
O lobista não disse dentro de quantos dias entregará os papéis. "Eu não sei. Tem gente aí que vai passar o Carnaval de pierrô."
Durante o depoimento de Dimas à CPI, na última quarta, líderes do PSDB atacaram duramente Monteiro, acusando-o de fraude e estelionato.
Os ataques, segundo o lobista, também ajudaram-no a decidir pela entrega da lista à PF. Monteiro disse que ouviu sua filha de 18 anos, que teria ficado constrangida com as acusações contra o pai feitas pelos parlamentares.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Lobista afirma que vai exibir original de lista
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O lobista mineiro Nilton Monteiro, 48, disse ontem que está em seu poder o original da chamada "lista de Furnas", documento que narra um suposto esquema de caixa dois eleitoral organizado pela estatal e que seria assinado pelo ex-diretor de Engenharia da empresa Dimas Toledo.
Em depoimento à CPI dos Correios, Dimas negou a assinatura e disse que o papel é uma fraude.
Monteiro disse ainda possuir originais de oito recibos assinados por parlamentares como comprovantes de doações que teriam recebido recursos do suposto esquema --que envolveria 156 políticos e cerca de R$ 40 milhões.
Monteiro disse que entregará a lista à Polícia Federal de Brasília, mas não fixou uma data.
Em dois depoimentos prestados à PF, Monteiro negara possuir os originais das listas e dos recibos. Dissera que os originais haviam sido entregues a uma mulher identificada apenas pelo prenome e até hoje não localizada.
A PF trabalha até agora apenas com uma cópia autenticada da suposta lista. O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que sem o documento original não há como avançar nas investigações.
Indagado sobre a contradição em seus depoimentos à PF, Monteiro afirmou: "Eu tenho meus direitos. O documento é meu. Se eu chegar assim: "Vou botar fogo", eu boto, mas não. Eu quero ajudar a passar esse país a limpo".
O lobista não disse dentro de quantos dias entregará os papéis. "Eu não sei. Tem gente aí que vai passar o Carnaval de pierrô."
Durante o depoimento de Dimas à CPI, na última quarta, líderes do PSDB atacaram duramente Monteiro, acusando-o de fraude e estelionato.
Os ataques, segundo o lobista, também ajudaram-no a decidir pela entrega da lista à PF. Monteiro disse que ouviu sua filha de 18 anos, que teria ficado constrangida com as acusações contra o pai feitas pelos parlamentares.
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