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25/02/2006
-
10h08
CRISTIANO MACHADO
Colaborou para a Agência Folha
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) proibiu o coordenador José Rainha Jr. de falar em nome da direção do movimento e de liderar qualquer ação com a participação de acampados ou assentados ligados à organização.
Principal líder dos sem-terra no Pontal do Paranapanema (oeste de SP), o maior foco do conflito agrário no Estado, Rainha é acusado pela direção de "não cumprir determinações, normas e princípios do MST".
"As atitudes de Rainha causaram alguns problemas e transtornos ao movimento", disse Delveck Matheus, da coordenação nacional do movimento. Ele não detalhou a razão da punição. "O Rainha andou fazendo algumas negociações individuais e isoladas, o que contraria as normas do MST."
O racha entre Rainha e o MST vem desde o segundo semestre de 2005. Segundo a Folha apurou, foram três os principais motivos para a punição. Um deles foi o abraço de Rainha no presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita ao assentamento Lulão, em setembro passado, na Bahia, em meio a uma série de invasões de prédios públicos pelo país em protesto contra o governo. Segundo um integrante da direção estadual, o momento era de "cobrar, não de abraçar Lula". E o MST condenou a criação de uma federação de assentados da região, organizada por Rainha sem a autorização das lideranças estaduais.
O último motivo foi Rainha ter organizado invasões em "momentos impróprios", na avaliação da direção. Em janeiro, o grupo ligado a Rainha promoveu em apenas um dia oito invasões em fazendas do Pontal.
Rainha disse que não comentaria a decisão. "Tenho o princípio ético, e creio que todos os militantes deveriam ter também de discutirmos internamente as nossas questões." Ele afirmou que não recebeu comunicação da direção sobre a punição. "Assim que receber, vou buscar a minha defesa nas instâncias superiores do movimento."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
MST acusa Rainha de descumprir normas e decide afastá-lo da direção
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Colaborou para a Agência Folha
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) proibiu o coordenador José Rainha Jr. de falar em nome da direção do movimento e de liderar qualquer ação com a participação de acampados ou assentados ligados à organização.
Principal líder dos sem-terra no Pontal do Paranapanema (oeste de SP), o maior foco do conflito agrário no Estado, Rainha é acusado pela direção de "não cumprir determinações, normas e princípios do MST".
"As atitudes de Rainha causaram alguns problemas e transtornos ao movimento", disse Delveck Matheus, da coordenação nacional do movimento. Ele não detalhou a razão da punição. "O Rainha andou fazendo algumas negociações individuais e isoladas, o que contraria as normas do MST."
O racha entre Rainha e o MST vem desde o segundo semestre de 2005. Segundo a Folha apurou, foram três os principais motivos para a punição. Um deles foi o abraço de Rainha no presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita ao assentamento Lulão, em setembro passado, na Bahia, em meio a uma série de invasões de prédios públicos pelo país em protesto contra o governo. Segundo um integrante da direção estadual, o momento era de "cobrar, não de abraçar Lula". E o MST condenou a criação de uma federação de assentados da região, organizada por Rainha sem a autorização das lideranças estaduais.
O último motivo foi Rainha ter organizado invasões em "momentos impróprios", na avaliação da direção. Em janeiro, o grupo ligado a Rainha promoveu em apenas um dia oito invasões em fazendas do Pontal.
Rainha disse que não comentaria a decisão. "Tenho o princípio ético, e creio que todos os militantes deveriam ter também de discutirmos internamente as nossas questões." Ele afirmou que não recebeu comunicação da direção sobre a punição. "Assim que receber, vou buscar a minha defesa nas instâncias superiores do movimento."
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