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08/03/2006
-
18h28
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A cúpula da CPI dos Correios fechou nesta quarta-feira um acordo para não prorrogar os trabalhos da comissão. Uma reunião, marcada para quinta-feira às 10h, deve selar o entendimento e confirmar que a CPI encerra seus trabalhos no dia 15 de abril.
O presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), fez o apelo para que os integrantes da comissão não prorrogassem os trabalhos sob o argumento de que a proximidade das eleições poderia comprometer as investigações feitas pela comissão.
Os integrantes da CPI, representantes de cada uma das bancadas que participam das investigações, deveriam se manifestar. O deputado Maurício Rands (PT-PE) afirmou que parte da bancada considerava a possibilidade de apoiar a prorrogação.
No entendimento desses petistas, o prejuízo para o partido já está contabilizado e a CPI dos Correios seria usada para contra-atacar possíveis ações políticas feitas pelos integrantes da CPI dos Bingos. Prevaleceu a tese de que seria melhor concluir a comissão no prazo.
O sub-relator de fundos de pensão, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que "acata, mas discorda" do acordo.
Outros oposicionistas, porém, concordaram na reunião com a conclusão dos trabalhos no dia 15 de abril, sem prorrogação. "A CPI precisa ter início, meio e fim", afirmou o pefelista Onyx Lorenzoni (RS), numa indicação de que concorda com o acerto.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) relatou que há receio de que a comissão possa repetir o fracasso da CPI do Banestado, que terminou sem votar relatório final. Além disso, afirmou que o relatório final, do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), "já está todo alinhavado". Não haveria condições, portanto, para mudanças.
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), contestou a possibilidade de acordo, mesmo reconhecendo que dificilmente a oposição conseguirá obter as 171 assinaturas necessárias para prorrogar a CPI na Câmara dos Deputados. "Não há acordo de jeito nenhum. O que pode é não conseguirmos as assinaturas na Câmara. Não estou seguro de que vamos consegui-las", afirmou.
O prazo maior para a apuração serviria para os membros da comissão investigarem novas denúncias de irregularidades, como a suspeita de que 55 dos 81 deputados da bancada do PMDB teriam recebido recursos do mensalão, e indícios de que Itaipu seria outra fonte de financiamento irregular de campanhas e de que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, teria recebido dinheiro para elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-prefeita Marta Suplicy na campanha de 2002.
A CPI dos Bingos, presidida pelo senador Efraim Morais (PFL-PB), está com assinaturas além do necessário para a prorrogação. O requerimento precisa ser lido em plenário e publicado para que a comissão continue em funcionamento até o dia 24 de junho.
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CPI dos Correios fecha acordo para evitar prorrogação
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da Folha Online, em Brasília
A cúpula da CPI dos Correios fechou nesta quarta-feira um acordo para não prorrogar os trabalhos da comissão. Uma reunião, marcada para quinta-feira às 10h, deve selar o entendimento e confirmar que a CPI encerra seus trabalhos no dia 15 de abril.
O presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), fez o apelo para que os integrantes da comissão não prorrogassem os trabalhos sob o argumento de que a proximidade das eleições poderia comprometer as investigações feitas pela comissão.
Os integrantes da CPI, representantes de cada uma das bancadas que participam das investigações, deveriam se manifestar. O deputado Maurício Rands (PT-PE) afirmou que parte da bancada considerava a possibilidade de apoiar a prorrogação.
No entendimento desses petistas, o prejuízo para o partido já está contabilizado e a CPI dos Correios seria usada para contra-atacar possíveis ações políticas feitas pelos integrantes da CPI dos Bingos. Prevaleceu a tese de que seria melhor concluir a comissão no prazo.
O sub-relator de fundos de pensão, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que "acata, mas discorda" do acordo.
Outros oposicionistas, porém, concordaram na reunião com a conclusão dos trabalhos no dia 15 de abril, sem prorrogação. "A CPI precisa ter início, meio e fim", afirmou o pefelista Onyx Lorenzoni (RS), numa indicação de que concorda com o acerto.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) relatou que há receio de que a comissão possa repetir o fracasso da CPI do Banestado, que terminou sem votar relatório final. Além disso, afirmou que o relatório final, do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), "já está todo alinhavado". Não haveria condições, portanto, para mudanças.
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), contestou a possibilidade de acordo, mesmo reconhecendo que dificilmente a oposição conseguirá obter as 171 assinaturas necessárias para prorrogar a CPI na Câmara dos Deputados. "Não há acordo de jeito nenhum. O que pode é não conseguirmos as assinaturas na Câmara. Não estou seguro de que vamos consegui-las", afirmou.
O prazo maior para a apuração serviria para os membros da comissão investigarem novas denúncias de irregularidades, como a suspeita de que 55 dos 81 deputados da bancada do PMDB teriam recebido recursos do mensalão, e indícios de que Itaipu seria outra fonte de financiamento irregular de campanhas e de que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, teria recebido dinheiro para elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-prefeita Marta Suplicy na campanha de 2002.
A CPI dos Bingos, presidida pelo senador Efraim Morais (PFL-PB), está com assinaturas além do necessário para a prorrogação. O requerimento precisa ser lido em plenário e publicado para que a comissão continue em funcionamento até o dia 24 de junho.
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