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08/03/2006
-
20h48
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou nesta quarta-feira que o resultado da votação do processo de cassação do mandato do deputado Roberto Brant (PFL-MG) foi prova de que há um "acordão" dentro da Câmara para livrar os deputados envolvidos no chamado "esquema do mensalão". Brant foi absolvido por 283 votos contra 156 votos a favor da sua cassação.
"Ficou claro, caracterizado o acordão. Basta ver como a bancada do PT recebeu o resultado da votação. Comemorou. Aplaudiu. O vice-líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ) foi o primeiro a correr para abraçar Brant", avaliou Delgado.
Apesar de dizer que a votação confirma a tese do acordão, Delgado disse que o placar não foi tão tranqüilo a favor de Brant como o PFL e o PT esperavam. "Tinha gente dizendo que ele seria absolvido por aclamação. Alguns diziam que para cada três votos contra a cassação sairia um a favor. Não foi assim. Não foi tão tranquilo", disse Delgado.
A mesma opinião foi compartilhada pelo deputado gaúcho Cezar Schirmer (PMDB). "Eu esperava que o parecer do Conselho tivesse no máximo uns 60 votos. O resultado me surpreendeu", disse.
Segundo Schirmer a decisão do plenário da Câmara de absolver Brant foi lamentável. "Como membro do Conselho de Ética acho que o plenário deveria considerar com maior atenção o que se faz no conselho. Não digo que foi uma desmoralização, mas o Conselho ficou sem razão de ser", disse o deputado peemedebista.
Schirmer disse lamentar que no plenário o voto seja secreto. "Só lastimo que o voto seja secreto aqui e não público e exposto como é no Conselho. Seria bom se cada um assumisse a responsabilidade pelo seu voto."
Enquanto os membros do Conselho lamentaram a absolvição de Brant, os integrantes das bancadas do PFL do PSDB e do PT comemoraram a decisão do plenário.
O deputado Maurício Rands (PT-PE) confirmou que votou pela absolvição de Brant e avaliou que dois pontos influíram a favor do deputado mineiro. "Primeiro a sua história de vida. O segundo fator foi o fato dele ser realmente inocente. Ele acreditava que a fonte do dinheiro era lícita."
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Absolvição de Brant caracteriza acordão, afirma Delgado
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O deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou nesta quarta-feira que o resultado da votação do processo de cassação do mandato do deputado Roberto Brant (PFL-MG) foi prova de que há um "acordão" dentro da Câmara para livrar os deputados envolvidos no chamado "esquema do mensalão". Brant foi absolvido por 283 votos contra 156 votos a favor da sua cassação.
"Ficou claro, caracterizado o acordão. Basta ver como a bancada do PT recebeu o resultado da votação. Comemorou. Aplaudiu. O vice-líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ) foi o primeiro a correr para abraçar Brant", avaliou Delgado.
Apesar de dizer que a votação confirma a tese do acordão, Delgado disse que o placar não foi tão tranqüilo a favor de Brant como o PFL e o PT esperavam. "Tinha gente dizendo que ele seria absolvido por aclamação. Alguns diziam que para cada três votos contra a cassação sairia um a favor. Não foi assim. Não foi tão tranquilo", disse Delgado.
A mesma opinião foi compartilhada pelo deputado gaúcho Cezar Schirmer (PMDB). "Eu esperava que o parecer do Conselho tivesse no máximo uns 60 votos. O resultado me surpreendeu", disse.
Segundo Schirmer a decisão do plenário da Câmara de absolver Brant foi lamentável. "Como membro do Conselho de Ética acho que o plenário deveria considerar com maior atenção o que se faz no conselho. Não digo que foi uma desmoralização, mas o Conselho ficou sem razão de ser", disse o deputado peemedebista.
Schirmer disse lamentar que no plenário o voto seja secreto. "Só lastimo que o voto seja secreto aqui e não público e exposto como é no Conselho. Seria bom se cada um assumisse a responsabilidade pelo seu voto."
Enquanto os membros do Conselho lamentaram a absolvição de Brant, os integrantes das bancadas do PFL do PSDB e do PT comemoraram a decisão do plenário.
O deputado Maurício Rands (PT-PE) confirmou que votou pela absolvição de Brant e avaliou que dois pontos influíram a favor do deputado mineiro. "Primeiro a sua história de vida. O segundo fator foi o fato dele ser realmente inocente. Ele acreditava que a fonte do dinheiro era lícita."
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