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13/03/2006 - 10h19

Duda deve prestar depoimento fechado para CPI na quarta-feira

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da Folha Online, em Brasília

O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), pré-agendou para quarta-feira o novo depoimento do publicitário Duda Mendonça. A audiência deve ser secreta.

Serraglio afirmou que se os integrantes da comissão questionarem Duda sobre os dados sigilosos apurados por autoridades americanas, o depoimento não poderá ser aberto à imprensa.

Isso porque, nas conversas entre CPI e o governo dos Estados Unidos, ficou acertado que os dados seriam utilizados apenas no relatório final da comissão, que deve ser apresentado na segunda-feira da próxima semana (20).

A estratégia de manter em sigilo os dados é uma forma de reverter a imagem negativa deixada pela CPI do Banestado, que recebeu dados secretos repassados pela justiça americana, vazou as informações para a imprensa e acabou sem conclusão.

Conta no exterior

Os integrantes da CPI dos Correios encontraram uma diferença de cerca de US$ 300 mil na conta Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, aberta no BankBoston de Miami (EUA). No ano passado, Duda admitiu em depoimento à CPI ter recebido o equivalente a R$ 10,5 milhões do caixa 2 do PT para pagamento de serviços prestados na campanha eleitoral do partido de 2002.

A diferença de valor foi detectada na primeira consulta dos integrantes da CPI aos documentos enviados pela promotoria Distrital de Nova York sobre as contas de Duda no exterior. A autorização para a CPI consultar os dados saiu apenas no dia 23 de fevereiro. A CPI também teve acesso aos dados de mais 15 contas que abasteceram a Dusseldorf.

Os documentos já estavam com o Ministério da Justiça e o Ministério Público há mais de três meses, mas não haviam sido liberados para a CPI porque a Justiça norte-americana temia o vazamento de informações para a imprensa.

Além da diferença entre os valores recebidos na conta Dusseldorf, os integrantes da CPI também encontraram outras diferenças entre o depoimento de Duda e os documentos enviados pela promotoria Distrital de Nova York.

Em seu depoimento à CPI, Duda disse que abriu a conta Dusseldorf a pedido do empresário Marcos Valério de Souza, acusado de ser o operador do suposto "mensalão". Valério negou a informação. Para a CPI, Duda pode ter mentido sobre essa questão.

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