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09/08/2006
-
10h07
LETÍCIA SANDER
RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os últimos depoimentos reservados de Luiz Antônio Trevisan Vedoin à CPI dos Sanguessugas levaram a comissão a colocar na categoria dos "inocentados" cinco deputados federais contra os quais, até então, havia a tendência de ser pedida a cassação do mandato.
A Folha teve acesso na noite de ontem à sistematização que servirá de base para o relatório de Amir Lando (PMDB-RO) a ser apresentado amanhã. De acordo com esse trabalho, feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), contra 49 dos 90 investigados há provas "robustas, inequívocas".
Os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Magno Malta (PL-ES) estão nessa lista. Em relação a outros 22 há a acusação de Vedoin, sócio da Planam, de que receberam propina em dinheiro vivo. O pedido de cassação dependerá de outras provas, como gravações da Polícia Federal. Já o grupo de investigados que podem ser inocentados pelo relatório de Lando subiu para 19.
Os cinco que devem escapar são: Helenildo Ribeiro (PSDB-AL), Fernando Estima (PPS-SP), Josias Quintal (PSB-RJ), Itamar Serpa (PSDB-RJ) e Jefferson Campos (PTB-SP). O presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), chegou a ameaçar ontem Vedoin dizendo que pediria o fim do benefício da delação premiada caso o empresário tentasse inocentar deputados.
"Eu o adverti [Vedoin] que, se ficar evidenciado que há uma tentativa de inocentar A, B, ou C, vou oficiar o juiz e pedir que ele perca o benefício da delação premiada e volte para a cadeia", disse o deputado.
Segundo Biscaia, Carlos Sampaio encontrou 13 "pontos de conflito" entre o que Vedoin disse à Justiça e o que ele disse à CPI. Em oito casos, essas divergências beneficiariam os parlamentares. Mais tarde, Sampaio afirmou não se tratar de contradições, mas de divergências que foram sanadas.
Gabeira
Presidente em exercício do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) entrou ontem no Conselho de Ética da Câmara com representação contra o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), pedindo a cassação de seu mandato. Segundo Amaral, Gabeira feriu o decoro parlamentar por ter feito acusações "levianas" contra o PSB na CPI.
Anteontem, Gabeira acusou o partido de comandar na Ciência e Tecnologia um esquema similar ao da máfia das ambulâncias. Na sessão de ontem da CPI, Gabeira e o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) trocaram acusações públicas. O deputado disse que o senador faz "sabotagens" contra a CPI.
Salgado chamou Gabeira de "mentiroso" e o acusou de fazer carreira em cima de seqüestros, em referência ao seqüestro do embaixador Charles Elbrick.
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RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os últimos depoimentos reservados de Luiz Antônio Trevisan Vedoin à CPI dos Sanguessugas levaram a comissão a colocar na categoria dos "inocentados" cinco deputados federais contra os quais, até então, havia a tendência de ser pedida a cassação do mandato.
A Folha teve acesso na noite de ontem à sistematização que servirá de base para o relatório de Amir Lando (PMDB-RO) a ser apresentado amanhã. De acordo com esse trabalho, feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), contra 49 dos 90 investigados há provas "robustas, inequívocas".
Os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Magno Malta (PL-ES) estão nessa lista. Em relação a outros 22 há a acusação de Vedoin, sócio da Planam, de que receberam propina em dinheiro vivo. O pedido de cassação dependerá de outras provas, como gravações da Polícia Federal. Já o grupo de investigados que podem ser inocentados pelo relatório de Lando subiu para 19.
Os cinco que devem escapar são: Helenildo Ribeiro (PSDB-AL), Fernando Estima (PPS-SP), Josias Quintal (PSB-RJ), Itamar Serpa (PSDB-RJ) e Jefferson Campos (PTB-SP). O presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), chegou a ameaçar ontem Vedoin dizendo que pediria o fim do benefício da delação premiada caso o empresário tentasse inocentar deputados.
"Eu o adverti [Vedoin] que, se ficar evidenciado que há uma tentativa de inocentar A, B, ou C, vou oficiar o juiz e pedir que ele perca o benefício da delação premiada e volte para a cadeia", disse o deputado.
Segundo Biscaia, Carlos Sampaio encontrou 13 "pontos de conflito" entre o que Vedoin disse à Justiça e o que ele disse à CPI. Em oito casos, essas divergências beneficiariam os parlamentares. Mais tarde, Sampaio afirmou não se tratar de contradições, mas de divergências que foram sanadas.
Gabeira
Presidente em exercício do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) entrou ontem no Conselho de Ética da Câmara com representação contra o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), pedindo a cassação de seu mandato. Segundo Amaral, Gabeira feriu o decoro parlamentar por ter feito acusações "levianas" contra o PSB na CPI.
Anteontem, Gabeira acusou o partido de comandar na Ciência e Tecnologia um esquema similar ao da máfia das ambulâncias. Na sessão de ontem da CPI, Gabeira e o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) trocaram acusações públicas. O deputado disse que o senador faz "sabotagens" contra a CPI.
Salgado chamou Gabeira de "mentiroso" e o acusou de fazer carreira em cima de seqüestros, em referência ao seqüestro do embaixador Charles Elbrick.
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