Publicidade
Publicidade
17/08/2006
-
20h10
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Corregedoria da Câmara deve recomendar o arquivamento do processo contra o deputado José Mentor (PT-SP). A comissão de sindicância que investiga a denúncia de que o deputado recebeu dinheiro para não incluir no relatório da CPI do Banestado o nome de um doleiro, não conseguiu ouvir o doleiro que teria pago a propina. Sem avançar na acusação, a tendência é que Mentor não seja julgado pela Câmara.
O deputado também é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O doleiro Richard Andrew de Mol Van Otterloo acusou Mentor em depoimento à Justiça de São Paulo de ter repassado para Mentor R$ 300 mil em troca de não ter seu nome incluído no relatório final da CPI do Banestado. A investigação não tinha como alvo o parlamentar, mas o doleiro acabou citando Mentor de passagem.
O pagamento da propina teria sido uma ordem de Flavio Maluf com medo de que se o nome de Otterloo fosse incluído no relatório, as investigações poderiam chegar a uma conta atribuída ao ex-prefeito Paulo Maluf no exterior.
Mentor nega a acusação e garante que o nome de Otterloo foi sim citado no seu relatório, que acabou não sendo aprovado por causa de disputa política na CPI.
Depoimento
Segundo apurou a Folha Online, a Corregedoria avaliou que não tem como pedir uma punição para Mentor apenas com base no depoimento do doleiro. A citação ao deputado ocupa apenas três linhas do depoimento. Embora considere a informação do doleiro relevante, a Corregedoria argumenta que ele não entrou em detalhes e que somente o depoimento não justifica abertura de processo contra Mentor.
Foram feitas cerca de três tentativas para que o doleiro depusesse à Corregedoria. Em todas, ele se negou a comparecer. Numa das vezes, o advogado chegou a marcar até horário para o depoimento ao deputado Robson Tuma (PFL-SP), relator da comissão de sindicância, mas não compareceu. A Corregedoria não tem poder para obrigá-lo a depor. Essa prerrogativa é apenas das CPIs.
Prisão
A Folha Online apurou que o doleiro Richard Andrew de Mol Van Otterloo estaria preocupado em ser preso novamente, por isso tem evitado se expor. Ele teria informações de que a Polícia Federal vai deflagrar uma operação que tem doleiros como foco. Se não ouvir o doleiro, a Corregedoria também não vê sentido em cobrar mais explicações de Mentor.
Leia mais
CPI dos Sanguessugas denuncia 72 parlamentares; veja lista
CPI dos Sanguessugas absolve 18 parlamentares
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Corregedoria da Câmara deve arquivar denúncia contra José Mentor
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A Corregedoria da Câmara deve recomendar o arquivamento do processo contra o deputado José Mentor (PT-SP). A comissão de sindicância que investiga a denúncia de que o deputado recebeu dinheiro para não incluir no relatório da CPI do Banestado o nome de um doleiro, não conseguiu ouvir o doleiro que teria pago a propina. Sem avançar na acusação, a tendência é que Mentor não seja julgado pela Câmara.
O deputado também é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O doleiro Richard Andrew de Mol Van Otterloo acusou Mentor em depoimento à Justiça de São Paulo de ter repassado para Mentor R$ 300 mil em troca de não ter seu nome incluído no relatório final da CPI do Banestado. A investigação não tinha como alvo o parlamentar, mas o doleiro acabou citando Mentor de passagem.
O pagamento da propina teria sido uma ordem de Flavio Maluf com medo de que se o nome de Otterloo fosse incluído no relatório, as investigações poderiam chegar a uma conta atribuída ao ex-prefeito Paulo Maluf no exterior.
Mentor nega a acusação e garante que o nome de Otterloo foi sim citado no seu relatório, que acabou não sendo aprovado por causa de disputa política na CPI.
Depoimento
Segundo apurou a Folha Online, a Corregedoria avaliou que não tem como pedir uma punição para Mentor apenas com base no depoimento do doleiro. A citação ao deputado ocupa apenas três linhas do depoimento. Embora considere a informação do doleiro relevante, a Corregedoria argumenta que ele não entrou em detalhes e que somente o depoimento não justifica abertura de processo contra Mentor.
Foram feitas cerca de três tentativas para que o doleiro depusesse à Corregedoria. Em todas, ele se negou a comparecer. Numa das vezes, o advogado chegou a marcar até horário para o depoimento ao deputado Robson Tuma (PFL-SP), relator da comissão de sindicância, mas não compareceu. A Corregedoria não tem poder para obrigá-lo a depor. Essa prerrogativa é apenas das CPIs.
Prisão
A Folha Online apurou que o doleiro Richard Andrew de Mol Van Otterloo estaria preocupado em ser preso novamente, por isso tem evitado se expor. Ele teria informações de que a Polícia Federal vai deflagrar uma operação que tem doleiros como foco. Se não ouvir o doleiro, a Corregedoria também não vê sentido em cobrar mais explicações de Mentor.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice