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29/08/2006
-
17h04
FELIPE NEVES
da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta terça-feira que os escândalos de corrupção no país aconteceram por falta de ética, e não por culpa do sistema político, como vem defendendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT.
Com esse discurso, opina FHC, Lula tenta minimizar as seguidas crises --mensalão, sanguessugas, entre outras-- que viveu durante seu governo. Para ele, não adianta dizer que o sistema é culpado porque a moral é individual.
"Me dói ver agora o próprio presidente da República dizer: 'não, todos são iguais'. Iguais não. Eu não sou igual a ele! Eu não sou igual a ele! Eu não sou igual a ele!", disse enfaticamente o ex-presidente durante discurso em almoço para empresários, realizado no Jockey Club de São Paulo para angariar fundos para a campanha de Geraldo Alckmin.
FHC chegou até a dizer que queria ter uma história como a de Lula, mas que ele "mudou". E para pior.
"Eu o acompanhei nas greves quando havia ditadura. Eu queria ter sido igual a ele naquele tempo. Mas ele mudou. Ele hoje prega e faz tudo que combateu. E quando há um desvio, quando há alguma coisa equivocada, ele passa a mão na cabeça e diz: 'o companheiro errou'. O companheiro errou, não. O senhor errou porque não puniu o companheiro", afirmou FHC, arrancando aplausos da platéia.
O ex-presidente defendeu que Alckmin será eleito para mostrar à opinião nacional que sem decência não se pode governar o país.
Em sua opinião, o que falta é reação, indignação com os escândalos. Todos têm que se manifestar, defendeu. Para ele, a população muitas vezes não demonstra isso porque existe um forte sentimento de impunidade.
"O que o Congresso Nacional fez, absolvendo os mensaleiros, é criminoso porque foi condenar o Brasil à indiferença. E nós precisamos reagir contra essa indiferença", disse o tucano.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
"Eu não sou igual a ele", diz FHC sobre Lula
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da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta terça-feira que os escândalos de corrupção no país aconteceram por falta de ética, e não por culpa do sistema político, como vem defendendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à reeleição pelo PT.
Com esse discurso, opina FHC, Lula tenta minimizar as seguidas crises --mensalão, sanguessugas, entre outras-- que viveu durante seu governo. Para ele, não adianta dizer que o sistema é culpado porque a moral é individual.
"Me dói ver agora o próprio presidente da República dizer: 'não, todos são iguais'. Iguais não. Eu não sou igual a ele! Eu não sou igual a ele! Eu não sou igual a ele!", disse enfaticamente o ex-presidente durante discurso em almoço para empresários, realizado no Jockey Club de São Paulo para angariar fundos para a campanha de Geraldo Alckmin.
FHC chegou até a dizer que queria ter uma história como a de Lula, mas que ele "mudou". E para pior.
"Eu o acompanhei nas greves quando havia ditadura. Eu queria ter sido igual a ele naquele tempo. Mas ele mudou. Ele hoje prega e faz tudo que combateu. E quando há um desvio, quando há alguma coisa equivocada, ele passa a mão na cabeça e diz: 'o companheiro errou'. O companheiro errou, não. O senhor errou porque não puniu o companheiro", afirmou FHC, arrancando aplausos da platéia.
O ex-presidente defendeu que Alckmin será eleito para mostrar à opinião nacional que sem decência não se pode governar o país.
Em sua opinião, o que falta é reação, indignação com os escândalos. Todos têm que se manifestar, defendeu. Para ele, a população muitas vezes não demonstra isso porque existe um forte sentimento de impunidade.
"O que o Congresso Nacional fez, absolvendo os mensaleiros, é criminoso porque foi condenar o Brasil à indiferença. E nós precisamos reagir contra essa indiferença", disse o tucano.
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