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20/09/2006 - 14h17

Berzoini diz que fica no cargo e só sai da campanha se Lula quiser

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Depois de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT e coordenador da campanha de Lula à reeleição, deputado Ricardo Berzoini, deixou o Palácio da Alvorada informando que permanece no cargo. Berzoini disse que o presidente Lula não colocou essa hipótese em discussão.

"A coordenação da campanha é prerrogativa do presidente Lula. O presidente não colocou para mim essa possibilidade. Estou a disposição dele", disse.

O afastamento de Berzoini vem sendo cogitado no meio político pelo fato de três de seus subordinados estarem envolvidos com a compra do "dossiê tucano".

Berzoini repetiu o discurso de que a Polícia Federal é quem tem que investigar de onde partiu o dinheiro --R$ 1,7 milhão-- que seria usado para a compra de um dossiê contra políticos tucanos, bem como a quem interessava o material. Ele não respondeu a perguntas sobre os seus subordinados envolvidos com o episódio.

O presidente do PT disse que informou a Lula que a campanha não tem relação com as denúncias. "Não há qualquer iniciativa da coordenação nacional a esse episódio. Disse ao presidente que vamos trabalhar para que a PF o mais rapidamente solucione essa questão", afirmou.

Berzoini disse que é preciso ter "tranqüilidade" para tratar do assunto e acusou a imprensa de tratar as informações com desequilíbrio. "Fala-se muito com relação ao que aconteceu [compra de dossiê], o que é grave, mas muito pouco sobre o conteúdo", disse. O documento vincularia os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin à máfia das sanguessugas.

Segundo ele, a oposição está se apegando a denúncia "como bóia de salvação" para a campanha de Alckmin à Presidência. "O clima que tenta se estabelecer não é bom para o país", afirmou.

Sobre a origem do dinheiro, Berzoini disse que cabe à PF investigar, mas garantiu que "não existe a menor possibilidade de esse dinheiro ter origem partidária". Berzoini encerrou a entrevista na porta do Alvorada dizendo que sua função na campanha de Lula não é investigar.

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