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21/09/2006 - 12h06

Ideli diz que Executiva deve decidir se Berzoini fica na presidência do PT

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Depois do afastamento de Ricardo Berzoini da coordenação da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse nesta quinta-feira que cabe à Executiva Nacional do PT decidir sobre a permanência dele na presidência do partido. Segundo a senadora, Berzoini 'não tinha condições' de exercer o papel de coordenador em meio às denúncias sobre o seu envolvimento na compra do dossiê antitucano.

Ideli evitou, no entanto, opinar sobre mudanças no comando do PT. "Não acredito que isto [o episódio da compra do dossiê] afete [a permanência de Berzoini na presidência]. Mas só quem pode tomar essa decisão é a Executiva. Qualquer decisão neste momento deve sair do coletivo da direção partidária. O afastamento da coordenação era necessário", disse.

A senadora conversou por telefone com Lula na manhã de hoje, depois da entrevista que o presidente concedeu ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo. Segundo Ideli, Lula lhe desejou "sorte e força" para combater a "feroz oposição" no Senado Federal em meio à crise do dossiê. "O presidente me pediu para que eu não deixasse nada afetar essa reta final da campanha."

Questionada se a compra do dossiê poderá levar as eleições presidenciais para o segundo turno, Ideli disse que o PT "está preparado para o primeiro, segundo, terceiro e todos os turnos que a oposição quiser".

Apuração

A senadora reiterou que o governo vai exigir "rigorosa apuração" sobre a compra do dossiê e a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado na negociação. Mas cobrou do PSDB e do PFL "a mesma coerência do governo" para a investigação do conteúdo do dossiê. "Eles devem ter um comportamento claro de que vão exigir essa investigação", cobrou.

Ideli acusou a oposição, em especial o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), de estar se aproveitando do clima pré-eleitoral para propor a criação de CPI para investigar a origem do R$ 1,7 milhão. "É mais uma tentativa de criar um factóide. Esse é um fato conexo à CPI dos Sanguessugas, e, na minha opinião, a própria comissão pode investigar a origem", defendeu.

Segundo a senadora, a conexão entre o episódio da compra do dossiê e as investigações da máfia dos sanguessugas está no fato do dossiê reunir imagens que ligam os ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri à compra superfaturada de ambulâncias. "Das quase 900 ambulâncias negociadas pela Planam, pelo menos 600 foram na gestão dos dois ex-ministros", disse.

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