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22/09/2006 - 21h35

Ministério Público Federal denuncia fraudes em licitações públicas no Amazonas

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KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus

O Ministério Público Federal denunciou entre hoje e ontem cem pessoas acusadas em fraudes em licitações públicas no Amazonas. Entre os acusados por envolvimento em organizações criminosas investigadas pelas operações Albatroz e Saúva, ambas da Polícia Federal, estão um secretário de Estado, servidores públicos, empresários e 15 militares do Exército.

Na denúncia da Operação Albatroz, formalizada hoje pelo subprocurador-geral da República, Carlos Vasconcelos, ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília, estão listadas 44 pessoas. Segundo o procurador, a organização criminosa era chefiada pelo ex-deputado estadual Antonio do Nascimento Cordeiro (sem partido), que foi cassado e hoje mora em Miami, nos Estados Unidos. Hoje ele teve a prisão preventiva decretada.

A organização foi desarticulada em 2004 por investigações da Operação Albatroz, que contou com apoio da Receita Federal. "Estima-se que as atividades ilícitas do esquema ultrapassem a cifra de R$ 100 milhões nos últimos seis anos", diz o subprocurador.

O ex-governador Amazonino Mendes (PFL), que administrou o Estado de 1999 a 2002, negou que houvesse irregularidades em seu governo. O atual governador Eduardo Braga (PMDB), disse que ia soltar uma nota sobre o caso, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.

Pela Operação Saúva, que aconteceu em julho no Amazonas, o MPF denunciou 56 pessoas, entre eles 15 militares do Exército, por envolvimento nos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, fraude em licitações, falsidade ideológica entre outros.

O esquema consistia em venda superfaturada de alimentos para merenda escolar, quartéis do Exército e famílias carentes e teria movimentado R$ 350 milhões, entre 1999 a 2006. Em agosto, o Comando do Exército decidiu instaurar conselhos de honra para julgar os militares envolvidos no caso.

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