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10/10/2006
-
20h15
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Ao insistir que, se eleito, o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, vai privatizar empresas e promover demissões de funcionários públicos, o PT conseguiu tirar o assunto dossiê da pauta da campanha. Ao menos, nos últimos dois dias.
Os tucanos, que estavam no ataque, se viram obrigados a partir para a defensiva na tentativa de desfazer os boatos plantados pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a venda de estatais consta no programa de Alckmin.
Segundo um político com influência na campanha de Lula, desde ontem que os aliados de Alckmin não mencionam o episódio da compra do dossiê, o que revela que a estratégia petista deu resultado. A denúncia do dossiê, que veio à tona a poucos dias do primeiro turno, ajudou Alckmin a chegar ao segundo turno e a expectativa é que também pudesse garantir a vitória do tucano em 29 de outubro. Plano que o PT pretende abortar, segundo um interlocutor, com o chamado "discurso do medo".
Durante todo o dia de hoje, correligionários de Alckmin repetiram que o candidato não vai privatizar empresas como a Petrobras e instituições como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, como apregoam Lula e seus apoiadores.
O próprio Alckmin teve que responder aos ataques. A estratégia, porém, já foi identificada pelo QG do presidenciável tucano que vai recomendar que os aliados retomem a pergunta sobre de onde veio de R$ 1,7 milhão para comprar o dossiê.
"[O discurso do medo] é uma tentativa não só de desviar o foco do casso dossiê, como também de enfraquecer o Alckmin. Mas a pergunta não vai calar. Vamos responder que Alckmin não vai privatizar e encerrar dizendo que a gente continua querendo saber de onde veio o dinheiro", afirmou o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), que integra a coordenação da campanha de Alckmin.
Freire revelou que o contra-ataque ao discurso da privatização também já está pronto. "Vamos questionar o Lula por que ele não reestatizou as empresas privatizadas no governo FHC se ele considera que foi um erro? Ele passou quatro anos no governo e poderia ter feito isso. E ainda por que ele não abriu uma auditoria para investigar os custos da privatização, embora levante suspeitas?", afirmou.
Segundo Freire, Lula se continuar a repetir as críticas sobre a política de privatizações de FHC, pode ser acusado de prevaricação.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Com discurso sobre privatização, PT quer desviar foco do dossiê
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da Folha Online, em Brasília
Ao insistir que, se eleito, o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, vai privatizar empresas e promover demissões de funcionários públicos, o PT conseguiu tirar o assunto dossiê da pauta da campanha. Ao menos, nos últimos dois dias.
Os tucanos, que estavam no ataque, se viram obrigados a partir para a defensiva na tentativa de desfazer os boatos plantados pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a venda de estatais consta no programa de Alckmin.
Segundo um político com influência na campanha de Lula, desde ontem que os aliados de Alckmin não mencionam o episódio da compra do dossiê, o que revela que a estratégia petista deu resultado. A denúncia do dossiê, que veio à tona a poucos dias do primeiro turno, ajudou Alckmin a chegar ao segundo turno e a expectativa é que também pudesse garantir a vitória do tucano em 29 de outubro. Plano que o PT pretende abortar, segundo um interlocutor, com o chamado "discurso do medo".
Durante todo o dia de hoje, correligionários de Alckmin repetiram que o candidato não vai privatizar empresas como a Petrobras e instituições como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, como apregoam Lula e seus apoiadores.
O próprio Alckmin teve que responder aos ataques. A estratégia, porém, já foi identificada pelo QG do presidenciável tucano que vai recomendar que os aliados retomem a pergunta sobre de onde veio de R$ 1,7 milhão para comprar o dossiê.
"[O discurso do medo] é uma tentativa não só de desviar o foco do casso dossiê, como também de enfraquecer o Alckmin. Mas a pergunta não vai calar. Vamos responder que Alckmin não vai privatizar e encerrar dizendo que a gente continua querendo saber de onde veio o dinheiro", afirmou o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), que integra a coordenação da campanha de Alckmin.
Freire revelou que o contra-ataque ao discurso da privatização também já está pronto. "Vamos questionar o Lula por que ele não reestatizou as empresas privatizadas no governo FHC se ele considera que foi um erro? Ele passou quatro anos no governo e poderia ter feito isso. E ainda por que ele não abriu uma auditoria para investigar os custos da privatização, embora levante suspeitas?", afirmou.
Segundo Freire, Lula se continuar a repetir as críticas sobre a política de privatizações de FHC, pode ser acusado de prevaricação.
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