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15/10/2006 - 14h58

Alckmin diz que quer apoio do PDT e critica demora da PF para investigar dossiê

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo que quer o apoio do PDT e, por isso, mandou um documento ao presidente do partido, Carlos Luppi assumindo compromissos para um eventual governo tucano. Entre os compromissos de Alckmin está o de não privatizar a Previdência e de criar um piso salarial para os professores.

"Recebi o documento com a questão da não-privatização [da Previdência] e do piso salarial, direitos dos trabalhadores, a educação e o crescimento. É a minha proposta. Eu quero ser presidente, por isto quero o apoio do PDT", disse o candidato que fez campanha hoje em uma feira livre no bairro Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

Alckmin defendeu a criação de um piso nacional para os professores da rede pública de ensino, uma das principais propostas para a educação do programa de governo de Cristovan Buarque, candidato derrotado do PDT. "Nós vamos ter um piso para o magistério para valorizar o professor", afirmou.

Alckmin voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, sobre o escândalo do dossiê contra candidatos tucanos. "Hoje está completando o primeiro aniversário. Faz 30 dias que encontraram o R$ 1,7 milhão. Trinta dias depois e o Lula e PT não explicam de onde saiu o dinheiro. A investigação anda a passo de tartaruga", disse.

Alckmin também acusou o governo por ingerência na Polícia Federal por conta da condução das investigações sobre o dossiê supostamente comprado por petistas para prejudicar sua campanha e a campanha do também tucano José Serra, governador eleito de São Paulo.

O tucano também criticou a exploração, pela campanha petista, do fato de sua filha Sofia ter trabalhado na Daslu, empresa investigada por sonegação de impostos e importação irregular, e de sua mulher, dona Lu, ter recebido vestidos na época em que era primeira dama do governo de São Paulo. O estilista depois recuou de suas acusações. "É típico do PT, tirar proveito de uma coisa injusta, depois ficam fazendo discurso de bom moço", disse o candidato ao comentar o pedido de desculpa feito em nota pela coordenação da campanha petista por ter criticado os fatos relativos à Sofia e dona Lu em um boletim da campanha de Lula.

Ele afirmou ainda que não teme o depoimento do empresário Abel Pereira, apontado como suposto elo entre os ex-ministros tucanos da Saúde Barjas Negri e José Serra com a máfia dos sanguessugas, esquema de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União. "Eu sou totalmente favorável [ao depoimento de Abel]. Se tiver que explicar, explique. Eu não vejo nenhum problema nisto. Agora, o que a população quer saber é de onde veio o dinheiro, esta fortuna, para comprar o dossiê fajuto para interferir no processo eleitoral", disse.

Questionado sobre o tom "agressivo" que usou no debate com Lula na TV Bandeirantes, Alckmin desconversou. "Não é agressivo, é verdadeiro. Falar a verdade para o povo brasileiro."

Supérfluo

Alckmin voltou a defender o corte de gastos no governo. "Nesta questão de gastos, eles [o governo de Lula] em quatro anos não cortaram gastos supérfluos, pelo contrário, aumentaram os gastos com o aparelhamento do Estado, não emprego para o povo, mas para os petistas, para a companheirada."

O tucano também disse que, se eleito, vai reduzir gastos "começando pela passagem do ônibus, de metrô e trem". "É o PIS, Cofins sobre óleo diesel, sobre energia elétrica, onerando a população mais pobre", disse.

Especial
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