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26/10/2006
-
20h38
FRANCISCO FIGUEIREDO
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
O acirramento da disputa pelo governo do Maranhão no segundo turno dividiu os veículos de comunicação entre os candidatos Roseana Sarney (PFL) e Jackson Lago (PDT), aumentando as representações na Justiça contra a imprensa local.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), as representações envolvendo veículos de comunicação aumentaram em relação ao primeiro turno --quando havia oito candidatos ao governo, além de eleições para deputados e senadores. O tribunal não soube precisar o número de pedidos.
O advogado Marcos Lobo, que representa a coligação de Roseana, disse que até o início desta semana haviam sido protocoladas mais de 50 representações por propaganda eleitoral irregular contra ela. "Algumas rádios não escondem que estão em campanha. Passam a manhã inteira fazendo propaganda aberta para o outro lado", disse Lobo.
Para Daniel Leite, advogado da coligação de Lago, a situação está "umbilicalmente ligada" às concessões a políticos de canais rádio e TV ocorridas quando José Sarney (1985-1990), pai de Roseana, era presidente. Leite avalia que a coligação pefelista mudou de estratégia no segundo turno e obrigou Lago a entrar na Justiça com pedidos "contra todas as empresas dos aliados dos Sarney".
Em Santa Inês (252 km de São Luís), um acordo levou ao ar a entrevista de Lago para a TV Mirante, afiliada da rede Globo que pertence à família Sarney, com dois dias de atraso. Durante a entrevista ao vivo a emissora perdeu o sinal na cidade. A retransmissora local é do deputado estadual reeleito Joaquim Haickel (PMDB).
Os responsáveis disseram ter havido problema técnico por conta de uma queda de energia.
A coligação pedetista também entrou com duas representações contra a retransmissora da Rede Record em Pinheiro (334 km da capital), vinculada ao prefeito da cidade, Filuca Mendes (PFL), por favorecimento a Roseana.
"Não faço política na TV. O senador José Sarney (PMDB-AP) visitou a cidade e foi entrevistado na condição de filho mais ilustre de Pinheiro", disse.
A rádio Capital está há quatro dias fora do ar por decisão da Justiça Eleitoral. A emissora é propriedade da família do deputado federal eleito Roberto Rocha (PSDB), que apóia a candidatura de Lago.
"A família Sarney tem uma máquina de comunicação que cobre todo o Estado e serve de palanque eletrônico permanente para eles", disse Rocha.
Depois de responder a cerca de 15 processos, a direção do jornal "O Imparcial", de São Luís, decidiu tirar preventivamente o conteúdo de política do site do ar. Todas as representações foram feitas pela coligação de Roseana.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Meios de comunicação entram em campanha no Maranhão
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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
O acirramento da disputa pelo governo do Maranhão no segundo turno dividiu os veículos de comunicação entre os candidatos Roseana Sarney (PFL) e Jackson Lago (PDT), aumentando as representações na Justiça contra a imprensa local.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), as representações envolvendo veículos de comunicação aumentaram em relação ao primeiro turno --quando havia oito candidatos ao governo, além de eleições para deputados e senadores. O tribunal não soube precisar o número de pedidos.
O advogado Marcos Lobo, que representa a coligação de Roseana, disse que até o início desta semana haviam sido protocoladas mais de 50 representações por propaganda eleitoral irregular contra ela. "Algumas rádios não escondem que estão em campanha. Passam a manhã inteira fazendo propaganda aberta para o outro lado", disse Lobo.
Para Daniel Leite, advogado da coligação de Lago, a situação está "umbilicalmente ligada" às concessões a políticos de canais rádio e TV ocorridas quando José Sarney (1985-1990), pai de Roseana, era presidente. Leite avalia que a coligação pefelista mudou de estratégia no segundo turno e obrigou Lago a entrar na Justiça com pedidos "contra todas as empresas dos aliados dos Sarney".
Em Santa Inês (252 km de São Luís), um acordo levou ao ar a entrevista de Lago para a TV Mirante, afiliada da rede Globo que pertence à família Sarney, com dois dias de atraso. Durante a entrevista ao vivo a emissora perdeu o sinal na cidade. A retransmissora local é do deputado estadual reeleito Joaquim Haickel (PMDB).
Os responsáveis disseram ter havido problema técnico por conta de uma queda de energia.
A coligação pedetista também entrou com duas representações contra a retransmissora da Rede Record em Pinheiro (334 km da capital), vinculada ao prefeito da cidade, Filuca Mendes (PFL), por favorecimento a Roseana.
"Não faço política na TV. O senador José Sarney (PMDB-AP) visitou a cidade e foi entrevistado na condição de filho mais ilustre de Pinheiro", disse.
A rádio Capital está há quatro dias fora do ar por decisão da Justiça Eleitoral. A emissora é propriedade da família do deputado federal eleito Roberto Rocha (PSDB), que apóia a candidatura de Lago.
"A família Sarney tem uma máquina de comunicação que cobre todo o Estado e serve de palanque eletrônico permanente para eles", disse Rocha.
Depois de responder a cerca de 15 processos, a direção do jornal "O Imparcial", de São Luís, decidiu tirar preventivamente o conteúdo de política do site do ar. Todas as representações foram feitas pela coligação de Roseana.
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