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29/10/2006 - 21h51

Oposição promete não dar trégua a Lula nos próximos quatro anos

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Apesar de reconhecer como legítima a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a oposição promete não dar trégua ao petista nos próximos quatro anos. A palavra de ordem da oposição é manter as cobranças sobre as denúncias do dossiegate seguindo o entendimento que a as urnas não inocentam o governo das acusações.

"É do processo democrático, alguém tem que sair vitorioso. Mas continuo afirmando que vale a pena lutar para combater a corrupção", disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE). Para Freire, "a urna não absolve" e o resultado eleitoral "não autoriza a impunidade".

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) concorda que a eleição "não é sentença judicial para crime nenhum". Dias fez críticas à postura da própria oposição durante o governo Lula.

Para ele, os oposicionistas agiram de forma dura, porém desarticulada, contra o Executivo nos últimos anos.

O senador disse acreditar que os resultados das eleições neste domingo farão com que a oposição aprenda e atue de forma mais articulada no segundo mandato de Lula. Segundo Dias, a oposição deve agora procurar se unir para evitar uma nova derrota em 2010. "A oposição foi contundente, mas sem estratégia de conjunto", afirmou.

Ele disse que PSDB e PFL não vão erguer a "bandeira branca" defendida pelos petistas. "Quando se elege um governo novo, nós damos um prazo para ver como ele se comporta. Mas este é um governo de continuidade, não há porque dar tempo. O julgamento político deve ocorrer", ressaltou.

O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a oposição vai continuar sendo fiscalizadora do governo. Porém admitiu que não faz parte dos planos do PFL "remoer" o passado. "Não vamos tentar desestabilizar o governo sem fatos concretos", encerrou.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), avalia que o PSDB fará uma oposição firme e dura no próximo governo Lula. "O que for equivocado vamos denunciar, mas o que estiver certo iremos apoiar. Não vamos fazer uma oposição ao Brasil", disse.

Estados

No segundo mandato, Lula vai enfrentar a oposição de 11 governadores eleitos. Em contrapartida, terá o apoio de outros 16. Embora o número de governadores da oposição seja menor, são Estados com grande influência no cenário político e no Congresso Nacional --como Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais, José Serra (PSDB) em São Paulo e Yeda Cruisis (PSDB) no Rio Grande do Sul. Também estão neste grupo o Distrito Federal, Roraima, Rondônia, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Santa Catarina.

Lula terá apoio prometido dos governadores eleitos do Maranhão, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Sergipe, Amazonas, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Paraná.

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