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29/10/2006 - 23h06

Imprensa internacional destaca reeleição e "renascimento" de Lula

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JAMES CIMINO
da Folha Online

A reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo, foi destaque nos grandes jornais da mídia internacional.

O americano "New York Times" destaca que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva teve "vitória ampla", conforme previam as pesquisas de intenção de voto.

"Com 86% dos votos apurados, Lula teve 60,4% dos votos contra 39,5% do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do centrista Partido da Social Democracia Brasileira, principal oposicionista que, entretanto, não conseguiu derrotá-lo. Os eleitores ignoraram uma série de escândalos de corrupção e retribuíram a Lula por ter ajudado os pobres e os trabalhadores."

Já o britânico "Financial Times" aparecia com um artigo cujo título era "Wall Street também ama Lula".

"Os banqueiros de Wall Street estão felizes e relaxados com o fato de a eleição presidencial deste fim de semana no Brasil ter ido para o segundo turno. De acordo com o que banco J. P. Morgan relatou a seus clientes nessa sexta-feira: 'Os mercados financeiros têm poucas preocupações acerca da manutenção dos pilares da política macroeconômica em uma segunda administração de Lula, mas as expectativas sobre a agenda de reformas estão baixas, o que significa que, mesmo que sejam pequenas, poderiam gerar um impacto positivo nos mercados. O tamanho da liderança do presidente Lula está diretamente relacionado com a veemência com que ele e seus ministros atacaram as reformas liberais promovidas pelo governo anterior, do PSDB. Encorajados pela responsabilidade social , alguns ministros, na semana passada, começaram a considerar a 'flexibilização' da lei de responsabilidade fiscal --um dos mais importantes pilares da política macroeconômica erigidos pelo PSDB. A noção de que, em um segundo mandato, Lula possa dar andamento a qualquer agenda reformista está começando a soar como fantasia'."
Reprodução


Ainda na Europa, o italiano "La Reppublica" destacou o "renascimento" de Lula, que "conseguiu ressurgir depois das acusações de corrupção" e conquistou a "classe média". O periódico destacou em sua reportagem que, a despeito da exaustão causada pela campanha presidencial e das denúncias de corrupção, a situação econômica do país foi um fator decisivo para sua reeleição.

"Ressurgido graças à boa situação econômica que, enfim, fez a diferença. Inflação baixa, desemprego em queda, poder de compra da moeda em crescimento, são estes, certamente, os três fatores que convenceram a classe média --após puni-lo pelos escândalos-- a mudar de voto. E as razões puderam ser vistas no debate [da Globo]. Alckmin é um tecnocrata frio que não chega ao coração das pessoas, enquanto Lula é um homem político popular, que usa sua história de vida e o bom senso, mais que os números, quando enfrente uma problema geral. Assim, baseado no discurso ético e nas acusações de corrupção, Alckmin entrou em queda."

Também o francês "Le Monde" indicava, baseado nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, que o "L" feito pela mão de Lula no momento de registrar seu voto na urna, "parecia mais crível que o 'V' de vitória sinalizado por Alckmin".

Enquanto isso, o espanhol "El País" dava os resultados da apuração.
Reprodução


"Segundo dados oferecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, do total de 113.486.202 votos emitidos, um total de 52,5 milhões são para Lula, enquanto Alckmin conseguiu pouco mais de 34 milhões. Embora a apuração não tenha sido completada, a vitória de Lula está assegurada, já que o número de votos a contar --16,1 milhões-- é inferior à diferença com Alckmin. Horas antes de conhecer os dados oficiais, Lula começou a manter conversações com líderes da oposição, já encarando um possível segundo mandato, conforme disse um senador do Partido dos Trabalhadores (PT), conforme citação da Folha, assinalando que essas conversações terão lugar, inclusive, com pessoas do PSDB, de Alckmin, e do PFL."

Na América do Sul, o argentino "El Clarín" também destacava a vitória.

"O mandatário obtém mais de 55 milhões de votos e mantém, até o momento, uma diferença de 20 pontos percentuais, similar à que conseguiu em 2002. Lula começará oficialmente seu segundo mandato em 1º de janeiro de 2007, e o PT prepara para esta noite uma grande festa nas ruas de São Paulo."

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