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30/10/2006
-
10h17
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
Roberto Requião (PMDB), 65, se reelegeu ontem governador do Paraná no confronto mais acirrado do segundo turno, derrotando o senador Osmar Dias (PDT) por uma pequena vantagem: com 100% das urnas apuradas, Requião obteve 50,1% dos votos válidos, contra 49,9% de Osmar.
Requião conquistou a vantagem nos grotões do Estado --o chamado ""vale da fome", as cidades do Vale do Ribeira, na divisa com São Paulo, onde a apuração foi mais lenta. O senador venceu por 0,4 ponto em Curitiba e deixou o adversário para trás nas cidades maiores do Paraná, como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel.
Durante a maior parte do final da apuração dos votos, Osmar Dias aparecia à frente de Requião. Só quando o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) passou a apurar 1,5% dos votos finais no Estado, passando das 19h, Requião pôde se considerar reeleito. Com 98,57% das urnas contadas, a dupla apareceu empatada, com 50%.
Em frente dos telões do TRE, em Curitiba, os gritos de comemoração dos eleitores de Osmar só foram silenciados pelos dos que torciam por Requião às 19h15, quando a parcial com 98,88% dos votos apurados virou para o governador, por 50,01% a 49,99%.
Meia hora antes, um trio elétrico da campanha de Requião havia sido orientado a se afastar quatro quadras da granja do Cangüiri (na região metropolitana de Curitiba), onde mora o governador. O carro voltou ao portão na ""virada" e soltou o som com a vitória confirmada.
Pichação
Requião chegou para votar depois do horário previsto por sua assessoria, em uma escola pública do bairro Batel, centro de Curitiba. A fachada do colégio Julia Wanderley, onde ele vota, amanheceu pichada com a frase ""Aqui vota o maior mentiroso do Paraná", em letras grandes. ""Voluntários" do partido do governador se apresentaram à direção da escola para rebocar o prédio às pressas.
O carro do governador só chegou depois de a pintura ter sido refeita.
Informado da pichação, Requião disse que era ""típica dos canalhas que conhecemos".
Após votar, o governador foi cauteloso e não afirmou que se considerava reeleito. Mas disse contar com ""a probabilidade concreta de que o Paraná confirme um bom governo".
Osmar votou em Maringá, sua base eleitoral, pela manhã. Antes, ao acompanhar a mulher, Maria Tereza, para votar em Curitiba, ele disse que o resultado das urnas desautorizaria os institutos Ibope e Datafolha, que, nas pesquisas de véspera, davam vantagem de seis pontos a Requião.
Terminada a apuração, que confirmou sua vitória apertada, Requião deu entrevista apenas para a rádio e TV Paraná Educativa, que pertence ao Estado. Disse que resultados como o do Paraná exigem que as pesquisas sejam submetidas a ""um profundo estudo" para que se apure a razão dos erros.
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Grotões dão vitória a Requião na mais acirrada disputa
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da Agência Folha, em Curitiba
Roberto Requião (PMDB), 65, se reelegeu ontem governador do Paraná no confronto mais acirrado do segundo turno, derrotando o senador Osmar Dias (PDT) por uma pequena vantagem: com 100% das urnas apuradas, Requião obteve 50,1% dos votos válidos, contra 49,9% de Osmar.
Requião conquistou a vantagem nos grotões do Estado --o chamado ""vale da fome", as cidades do Vale do Ribeira, na divisa com São Paulo, onde a apuração foi mais lenta. O senador venceu por 0,4 ponto em Curitiba e deixou o adversário para trás nas cidades maiores do Paraná, como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel.
Durante a maior parte do final da apuração dos votos, Osmar Dias aparecia à frente de Requião. Só quando o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) passou a apurar 1,5% dos votos finais no Estado, passando das 19h, Requião pôde se considerar reeleito. Com 98,57% das urnas contadas, a dupla apareceu empatada, com 50%.
Em frente dos telões do TRE, em Curitiba, os gritos de comemoração dos eleitores de Osmar só foram silenciados pelos dos que torciam por Requião às 19h15, quando a parcial com 98,88% dos votos apurados virou para o governador, por 50,01% a 49,99%.
Meia hora antes, um trio elétrico da campanha de Requião havia sido orientado a se afastar quatro quadras da granja do Cangüiri (na região metropolitana de Curitiba), onde mora o governador. O carro voltou ao portão na ""virada" e soltou o som com a vitória confirmada.
Pichação
Requião chegou para votar depois do horário previsto por sua assessoria, em uma escola pública do bairro Batel, centro de Curitiba. A fachada do colégio Julia Wanderley, onde ele vota, amanheceu pichada com a frase ""Aqui vota o maior mentiroso do Paraná", em letras grandes. ""Voluntários" do partido do governador se apresentaram à direção da escola para rebocar o prédio às pressas.
O carro do governador só chegou depois de a pintura ter sido refeita.
Informado da pichação, Requião disse que era ""típica dos canalhas que conhecemos".
Após votar, o governador foi cauteloso e não afirmou que se considerava reeleito. Mas disse contar com ""a probabilidade concreta de que o Paraná confirme um bom governo".
Osmar votou em Maringá, sua base eleitoral, pela manhã. Antes, ao acompanhar a mulher, Maria Tereza, para votar em Curitiba, ele disse que o resultado das urnas desautorizaria os institutos Ibope e Datafolha, que, nas pesquisas de véspera, davam vantagem de seis pontos a Requião.
Terminada a apuração, que confirmou sua vitória apertada, Requião deu entrevista apenas para a rádio e TV Paraná Educativa, que pertence ao Estado. Disse que resultados como o do Paraná exigem que as pesquisas sejam submetidas a ""um profundo estudo" para que se apure a razão dos erros.
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