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30/10/2006 - 16h06

Prefeito de BH pede "maturidade" ao PT para aceitar novo governo Lula

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Cotado para assumir um ministério no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), defendeu hoje que o PT tenha "maturidade" para aceitar que terá menos espaço na gestão federal a partir de 2007.

Pimentel observou que a vitória de Lula neste domingo não pode ser creditada ao partido, mas ao desempenho pessoal do presidente, o que significa que o PT não pode cobrar maior participação no segundo mandato.

"O PT tem uma consciência muito grande de que essa vitória do presidente Lula não se deve exclusivamente ao partido. Com certeza o partido tem a maturidade para entender que a composição de um ministério não é coisa exclusivamente partidária. O presidente terá ampla hegemonia para fazer essa composição. O partido vai respeitar e entender, mais do que isso, vai apoiar", disse.

Pimentel observou que o PT terá que fazer uma reflexão a partir de agora não só sobre as denúncias que atingiram a alta cúpula do partido, mas também sobre suas convicções. "O Brasil que sai das urnas é diferente daquele que imaginávamos há 10, 15 anos, quando fundamos o partido. O PT tem que se adaptar a isso, tem que procurar ser um partido de massas, comprometido com as transformações sociais e pela via institucional. Este é o grande desafio", afirmou.

O prefeito disse que o congresso nacional do partido será antecipado do segundo para o primeiro semestre do próximo ano, justamente pela urgência de se discutir a refundação do PT. "Vai haver uma profunda transformação [do partido]", apostou.

Pimentel disse que a discussão é maior do que abrir o partido para quadros de outros Estados que não São Paulo. "Não é uma questão regional, não temos nada contra São Paulo, é uma questão da concepção, necessária para o partido. Teremos que decidir se vamos ser um partido de militantes profissionalizados, que defende resquícios de concepção da antiga esquerda, ou se vamos ser contemporâneos, de massa, voltado mais para as pessoas que tem votos, que tem mandato, que tem representação na sociedade. Este é o desafio que está posto", afirmou.

Ministério

Ante as especulações de que pode ser convidado a ocupar o Ministério da Fazenda, Pimentel disse que prefere continuar à frente da prefeitura de Belo Horizonte. "Existe muita expectativa [sobre o convite], mas não tem nada de concreto. Em princípio, minha opção é ficar na minha cidade, ajudando o presidente, não vejo necessidade de ser chamado para ministério. A equipe econômica está muito bem posicionada", tergiversou.

Ele negou que o convite já tenha sido feito. "Não houve e espero que não haja para que eu termine meu mandato", disse.

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