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30/10/2006 - 17h39

PSDB promete dialogar com Lula, mas anuncia oposição "dura" contra o governo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSDB está disposto a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu segundo mandato, mas promete fazer oposição "dura" contra o governo federal. Segundo o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), o diálogo com os petistas está aberto, mas sem a possibilidade de alianças ou cooptações para o novo governo.

"Dialogar, pessoalmente eu dialogo com todo mundo, faz parte da política, do dia-a-dia da política. O que não se abre é porta para a cooptação. Também não entendemos que as eleições representam anistia para crimes", disse.

Segundo ele, a postura do PSDB será de oposição "dura e enérgica", como ocorreu no primeiro mandato de Lula, mas com a disposição do partido de colaborar para a votação de matérias importantes ao país. "A mesma eleição que colocou Lula na presidência jogou o partido imediatamente na oposição. E essa oposição será dura, constante, mas sem deixar de discutir problemas nacionais."

Tasso afirmou que os governadores tucanos estão livres para dialogar com o governo, mas enfatizou que Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo) são "incooptáveis" pelo governo federal. "Afirmo como presidente do PSDB que o Serra e o Aécio são incooptáveis", disse.

Eleição legítima

Tasso afirmou que o PSDB reconhece como legítima a eleição de Lula e não está disposto a recorrer ao chamado "terceiro turno" na tentativa de impugnar o processo eleitoral. O presidente do PSDB disse, no entanto, que cabe à Justiça definir o futuro político de Lula ao longo das investigações do dossiegate. "Não espere do PSDB nada parecido com questionamento. Isso está na Justiça. Uma coisa é eleição, outra são os crimes cometidos pelo governo", ressaltou.

O presidente do PSDB reconheceu erros na campanha do tucano Geraldo Alckmin, especialmente o fato de não ter conseguido rebater as ameaças de privatizações e do fim do programa Bolsa Família. "Os marqueteiros do Lula foram muito bons nisso e não conseguimos rebater com a mesma agilidade", reconheceu.

Tasso também afirmou que os tucanos vão manter a decisão de assumir as ações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ressaltando a importância das privatizações naquele período para país. Segundo ele, os tucanos vão cobrar de Lula uma postura coerente com a apresentada na campanha no tema privatizações.

"A privatização foi fundamental no Estado brasileiro. O que vamos questionar é a crença do governo, quando por exemplo for fazer PPPs (parcerias público-privadas), que não deixam de ser privatizações", criticou.

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