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30/10/2006
-
19h00
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse nesta segunda-feira que vai pedir o adiamento dos depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padillha e Jorge Lorenzetti à CPI, marcados para esta terça-feira.
Em nota divulgada pelo deputado, ele afirma que vai apresentar o pedido porque até agora não teve acesso aos documentos encaminhados à CPI pela Polícia Federal de Cuiabá na última sexta-feira.
Jungmann alega que, sem ter conhecimento do material, os depoimentos ficarão prejudicados --uma vez que os parlamentares não terão argumentos suficientes para os interrogatórios. Para Jungmann, os depoimentos podem transformar-se "numa grande farsa".
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da CPI, se mostrou contrário ao adiamento. Segundo Gabeira, os três acusados de envolvimento no dossiegate devem depor e as versões apresentadas podem, posteriormente, ser confrontados com os documentos.
"Agora que acabou o segundo turno, as três instituições [CPI, Justiça Federal e Polícia Federal] devem trabalhar em cooperação. Não é uma corrida eleitoral", disse.
Os membros da CPI aguardam a chegada do presidente da comissão, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), para terem acesso aos documentos enviados de Cuiabá. A expectativa é que, depois de checar os documentos, Biscaia libere o material para os demais membros da comissão. Gabeira disse não acreditar em "sonegação de informações" à CPI passado o segundo turno das eleições.
Depoimentos
Os depoimentos estão marcados para esta terça-feira, às 14 horas. Lorenzetti, ex-chefe do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gedimar e Valdebran são acusados de participação na compra do dossiê. Valdebran e Gedimar foram presos pela Polícia Federal no dia 15 de setembro com R$ 1,7 milhão em um hotel em São Paulo.
O dinheiro seria utilizado para comprar o material que havia sido preparado pelos Vedoin, acusados de chefiar a máfia sanguessuga. Já Lorenzetti é acusado de negociar a compra do material antitucano.
Para não ter que responder às perguntas que possam incriminá-los, Lorenzetti e Gedimar deram entrada com pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Eles ainda aguardam o julgamento dos pedidos.
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da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse nesta segunda-feira que vai pedir o adiamento dos depoimentos de Gedimar Passos, Valdebran Padillha e Jorge Lorenzetti à CPI, marcados para esta terça-feira.
Em nota divulgada pelo deputado, ele afirma que vai apresentar o pedido porque até agora não teve acesso aos documentos encaminhados à CPI pela Polícia Federal de Cuiabá na última sexta-feira.
Jungmann alega que, sem ter conhecimento do material, os depoimentos ficarão prejudicados --uma vez que os parlamentares não terão argumentos suficientes para os interrogatórios. Para Jungmann, os depoimentos podem transformar-se "numa grande farsa".
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da CPI, se mostrou contrário ao adiamento. Segundo Gabeira, os três acusados de envolvimento no dossiegate devem depor e as versões apresentadas podem, posteriormente, ser confrontados com os documentos.
"Agora que acabou o segundo turno, as três instituições [CPI, Justiça Federal e Polícia Federal] devem trabalhar em cooperação. Não é uma corrida eleitoral", disse.
Os membros da CPI aguardam a chegada do presidente da comissão, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), para terem acesso aos documentos enviados de Cuiabá. A expectativa é que, depois de checar os documentos, Biscaia libere o material para os demais membros da comissão. Gabeira disse não acreditar em "sonegação de informações" à CPI passado o segundo turno das eleições.
Depoimentos
Os depoimentos estão marcados para esta terça-feira, às 14 horas. Lorenzetti, ex-chefe do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gedimar e Valdebran são acusados de participação na compra do dossiê. Valdebran e Gedimar foram presos pela Polícia Federal no dia 15 de setembro com R$ 1,7 milhão em um hotel em São Paulo.
O dinheiro seria utilizado para comprar o material que havia sido preparado pelos Vedoin, acusados de chefiar a máfia sanguessuga. Já Lorenzetti é acusado de negociar a compra do material antitucano.
Para não ter que responder às perguntas que possam incriminá-los, Lorenzetti e Gedimar deram entrada com pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Eles ainda aguardam o julgamento dos pedidos.
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