Publicidade
Publicidade
31/10/2006
-
09h51
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
No dia seguinte à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, partidos aliados já começaram a se movimentar para conseguir espaço no governo.
Legendas como PMDB, PSB e PC do B passaram o dia esquadrinhando suas demandas para Lula. O presidente do PMDB, Michel Temer, teve um dia repleto de conversas com lideranças vitoriosas do partido, que serão fundamentais na garantia ao apoio ao presidente. Ele teve contatos com os governadores eleitos Luiz Henrique (SC), Sergio Cabral (RJ) e André Puccinelli (MS), além do senador eleito Jarbas Vasconcelos (PE) e do deputado federal Geddel Vieira Lima (BA).
Temer pretende convocar o conselho político do partido --instância que reúne a Executiva e governadores-- para decidir pelo apoio a Lula. "O partido deve se unir em torno de um projeto", afirmou.
O PSB, fortalecido pela eleição de três governadores --CE, RN e PE--, já fala abertamente em participar do núcleo do governo. No primeiro mandato, esteve confinado a franjas da administração, como Ciência e Tecnologia e Integração Nacional. Agora, sonha com dois ministérios de peso: Transportes e Saúde encabeçam a lista, além de uma liderança do governo no Congresso.
"O partido pode assumir mais responsabilidades. Esperamos que o PSB tenha condições, em um segundo mandato, de participar de decisões estratégicas de governo", disse o senador eleito Renato Casagrande (ES), secretário-geral do partido. Ele poderá assumir a liderança do governo no Senado, segundo a Folha apurou.
Já o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que o partido quer estar no "centro político". "Apoiamos o governo em todos os momentos de crise. Nunca pipocamos nessas horas", declarou Albuquerque, vice-líder do governo no Congresso. O PSB, que elegeu 27 deputados federais, quer aumentar essa bancada para 40 até a posse, em fevereiro. Os parlamentares viriam principalmente de PDT, PV e PPS.
O PC do B sonha manter a presidência da Câmara dos Deputados sob o comando de Aldo Rebelo (SP) e quer um ministério com orçamento maior que o dos Esportes.
Os partidos aguardam um chamado de Lula, que ocorrerá na próxima semana. Ontem, o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que pretende arrebanhar novas siglas para a base governista. Citou o PDT e o PV, que estariam emitindo sinais de disposição para o diálogo.
Para Garcia, nenhuma pasta está reservada para o PT. "Não existe ministério inegociável."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Partidos aliados já se mobilizam para ampliar espaço no governo
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Brasília
No dia seguinte à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, partidos aliados já começaram a se movimentar para conseguir espaço no governo.
Legendas como PMDB, PSB e PC do B passaram o dia esquadrinhando suas demandas para Lula. O presidente do PMDB, Michel Temer, teve um dia repleto de conversas com lideranças vitoriosas do partido, que serão fundamentais na garantia ao apoio ao presidente. Ele teve contatos com os governadores eleitos Luiz Henrique (SC), Sergio Cabral (RJ) e André Puccinelli (MS), além do senador eleito Jarbas Vasconcelos (PE) e do deputado federal Geddel Vieira Lima (BA).
Temer pretende convocar o conselho político do partido --instância que reúne a Executiva e governadores-- para decidir pelo apoio a Lula. "O partido deve se unir em torno de um projeto", afirmou.
O PSB, fortalecido pela eleição de três governadores --CE, RN e PE--, já fala abertamente em participar do núcleo do governo. No primeiro mandato, esteve confinado a franjas da administração, como Ciência e Tecnologia e Integração Nacional. Agora, sonha com dois ministérios de peso: Transportes e Saúde encabeçam a lista, além de uma liderança do governo no Congresso.
"O partido pode assumir mais responsabilidades. Esperamos que o PSB tenha condições, em um segundo mandato, de participar de decisões estratégicas de governo", disse o senador eleito Renato Casagrande (ES), secretário-geral do partido. Ele poderá assumir a liderança do governo no Senado, segundo a Folha apurou.
Já o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que o partido quer estar no "centro político". "Apoiamos o governo em todos os momentos de crise. Nunca pipocamos nessas horas", declarou Albuquerque, vice-líder do governo no Congresso. O PSB, que elegeu 27 deputados federais, quer aumentar essa bancada para 40 até a posse, em fevereiro. Os parlamentares viriam principalmente de PDT, PV e PPS.
O PC do B sonha manter a presidência da Câmara dos Deputados sob o comando de Aldo Rebelo (SP) e quer um ministério com orçamento maior que o dos Esportes.
Os partidos aguardam um chamado de Lula, que ocorrerá na próxima semana. Ontem, o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que pretende arrebanhar novas siglas para a base governista. Citou o PDT e o PV, que estariam emitindo sinais de disposição para o diálogo.
Para Garcia, nenhuma pasta está reservada para o PT. "Não existe ministério inegociável."
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice