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10/12/2006
-
09h37
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A cada vez mais extensa lista de escândalos não investigados e não punidos pelo PT teve dois momentos carregados de simbolismo na semana passada.
Na quarta-feira, completaram-se seis meses desde a invasão da Câmara pelo MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), liderado pelo petista Bruno Maranhão. A prometida sindicância interna do PT está parada. Um dia antes, venceu o prazo da punição aplicada pelo PT aos envolvidos na compra do dossiê, de suspensão da filiação por 60 dias.
Em ambos casos e vários outros, do mensalão aos sanguessugas, o partido prometeu apuração, mas pouco ou nada fez. Em nada o PT de agora lembra o que, em 2003, rapidamente expulsou parlamentares por terem se oposto a reformas defendidas pelo governo.
Maranhão chegou a ter o processo disciplinar aberto pela comissão de ética, mas ainda não foi ouvido. Afastado da Executiva, permanece no Diretório Nacional do PT.
"O processo ficou parado porque ele passou um tempo preso [40 dias] e por causa da eleição. Será retomado", diz o coordenador da comissão de ética do PT, Danilo Camargo.
No caso dos "aloprados", a Executiva criou a figura da "expulsão política" para Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda, Expedito Veloso. Tal punição não existe no estatuto do partido. Lacerda e Lorenzetti pediram desfiliação voluntariamente, mas Bargas e Veloso continuam no partido.
Com base no artigo 228 do estatuto, eles foram suspensos temporariamente por 60 dias, prazo no qual deveria estar concluído o processo de julgamento --que nem começou.
Em 5 de dezembro, venceu a suspensão. Procurada, a direção do partido diz que a expulsão de fato será "formalizada".
O caso mais emblemático ainda é o mensalão. O partido já prometeu comissão de ética, sindicância e "debate de procedimentos", mas sempre recuou. O tema foi abafado no 13º Encontro Nacional, em abril. Há uma intenção de tocar nas crises políticas no 3º Congresso do PT, marcado para julho do ano que vem.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PT
PT evita apurar e punir seus desvios éticos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A cada vez mais extensa lista de escândalos não investigados e não punidos pelo PT teve dois momentos carregados de simbolismo na semana passada.
Na quarta-feira, completaram-se seis meses desde a invasão da Câmara pelo MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), liderado pelo petista Bruno Maranhão. A prometida sindicância interna do PT está parada. Um dia antes, venceu o prazo da punição aplicada pelo PT aos envolvidos na compra do dossiê, de suspensão da filiação por 60 dias.
Em ambos casos e vários outros, do mensalão aos sanguessugas, o partido prometeu apuração, mas pouco ou nada fez. Em nada o PT de agora lembra o que, em 2003, rapidamente expulsou parlamentares por terem se oposto a reformas defendidas pelo governo.
Maranhão chegou a ter o processo disciplinar aberto pela comissão de ética, mas ainda não foi ouvido. Afastado da Executiva, permanece no Diretório Nacional do PT.
"O processo ficou parado porque ele passou um tempo preso [40 dias] e por causa da eleição. Será retomado", diz o coordenador da comissão de ética do PT, Danilo Camargo.
No caso dos "aloprados", a Executiva criou a figura da "expulsão política" para Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda, Expedito Veloso. Tal punição não existe no estatuto do partido. Lacerda e Lorenzetti pediram desfiliação voluntariamente, mas Bargas e Veloso continuam no partido.
Com base no artigo 228 do estatuto, eles foram suspensos temporariamente por 60 dias, prazo no qual deveria estar concluído o processo de julgamento --que nem começou.
Em 5 de dezembro, venceu a suspensão. Procurada, a direção do partido diz que a expulsão de fato será "formalizada".
O caso mais emblemático ainda é o mensalão. O partido já prometeu comissão de ética, sindicância e "debate de procedimentos", mas sempre recuou. O tema foi abafado no 13º Encontro Nacional, em abril. Há uma intenção de tocar nas crises políticas no 3º Congresso do PT, marcado para julho do ano que vem.
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