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11/12/2006
-
23h35
da Folha Online
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), negou hoje que a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin (SP) em detrimento do governador eleito José Serra (SP) tenha contribuído para o fraco desempenho do partido nas eleições de outubro. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva PT) venceria a eleição de qualquer jeito, independentemente do candidato do PSDB.
"Fosse qual fosse o candidato, Lula seria reeleito. Ele era o favorito da população", disse Tasso durante entrevista para o programa "Roda Viva", da TV Cultura.
O presidente do PSDB afirmou que Alckmin foi um "excelente candidato". "Ele foi um guerreiro, obstinado." Segundo ele, não dá para atribuir à escolha de Alckmin, passada a eleição, a razão da derrota do PSDB.
Entre as razões do sucesso de Lula nas urnas, segundo Tasso, está o "clima de euforia econômica", principalmente nas cidades mais pobres do pais. O presidente do PSDB afirmou que esse clima foi provocado pelo efeito do pagamento das aposentadorias, do Bolsa Família e de outros programas sociais na economia das pequenas cidades e no orçamento da população de baixa renda.
Tasso afirmou ainda que se fosse outro candidato, Lula "nem sairia candidato" após as denúncias de corrupção que surgiram antes e depois das eleições, como o mensalão, máfia sanguessuga e dossiegate.
Reformulação do PSDB
O presidente do PSDB voltou a afirmar que o partido saiu das eleições com a necessidade de se reformular. Segundo ele, o PSDB fará uma rediscussão de seu programa. "É preciso retomar a discussão interna através de uma ampla consulta sobre o programa do partido."
Ele admitiu que durante as eleições faltou ao partido fazer uma defesa mais consistente das privatizações feitas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. "A população não sabe diferenciar um partido do outro. Não soubemos defender as privatizações. O PT atacou [as privatizações], como se não as fizesse. O maior programa de privatizações que existe são as PPPs [Parcerias Público Privadas]."
Apagão e multas de trânsito
Tasso também defendeu que a vitória do PT nas eleições teria jogado o país inteiro numa crise moral.
"A partir do momento em que se banalizou a corrupção --e a saída do governo Lula foi colocar a corrupção como algo intrínseco ao brasileiro--, caímos numa crise moral gravíssima", afirmou. "Até o número de pessoas que cometem delitos de trânsito hoje é muito maior", acrescentou.
O tucano criticou a postura do governo Lula no apagão aéreo, outra "crise muito grave". "Existe um ponto cego no lugar onde ocorrer o desastre. É uma falha dramática que não foi consertada até agora", disse.
Tasso, porém, fugiu das perguntas dos repórteres quando mencionado o apagão da energia elétrica do governo FHC. "O apagão não chegou a ocorrer", disse.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
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Tasso diz que Lula seria reeleito de qualquer jeito
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O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), negou hoje que a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin (SP) em detrimento do governador eleito José Serra (SP) tenha contribuído para o fraco desempenho do partido nas eleições de outubro. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva PT) venceria a eleição de qualquer jeito, independentemente do candidato do PSDB.
"Fosse qual fosse o candidato, Lula seria reeleito. Ele era o favorito da população", disse Tasso durante entrevista para o programa "Roda Viva", da TV Cultura.
O presidente do PSDB afirmou que Alckmin foi um "excelente candidato". "Ele foi um guerreiro, obstinado." Segundo ele, não dá para atribuir à escolha de Alckmin, passada a eleição, a razão da derrota do PSDB.
Entre as razões do sucesso de Lula nas urnas, segundo Tasso, está o "clima de euforia econômica", principalmente nas cidades mais pobres do pais. O presidente do PSDB afirmou que esse clima foi provocado pelo efeito do pagamento das aposentadorias, do Bolsa Família e de outros programas sociais na economia das pequenas cidades e no orçamento da população de baixa renda.
Tasso afirmou ainda que se fosse outro candidato, Lula "nem sairia candidato" após as denúncias de corrupção que surgiram antes e depois das eleições, como o mensalão, máfia sanguessuga e dossiegate.
Reformulação do PSDB
O presidente do PSDB voltou a afirmar que o partido saiu das eleições com a necessidade de se reformular. Segundo ele, o PSDB fará uma rediscussão de seu programa. "É preciso retomar a discussão interna através de uma ampla consulta sobre o programa do partido."
Ele admitiu que durante as eleições faltou ao partido fazer uma defesa mais consistente das privatizações feitas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. "A população não sabe diferenciar um partido do outro. Não soubemos defender as privatizações. O PT atacou [as privatizações], como se não as fizesse. O maior programa de privatizações que existe são as PPPs [Parcerias Público Privadas]."
Apagão e multas de trânsito
Tasso também defendeu que a vitória do PT nas eleições teria jogado o país inteiro numa crise moral.
"A partir do momento em que se banalizou a corrupção --e a saída do governo Lula foi colocar a corrupção como algo intrínseco ao brasileiro--, caímos numa crise moral gravíssima", afirmou. "Até o número de pessoas que cometem delitos de trânsito hoje é muito maior", acrescentou.
O tucano criticou a postura do governo Lula no apagão aéreo, outra "crise muito grave". "Existe um ponto cego no lugar onde ocorrer o desastre. É uma falha dramática que não foi consertada até agora", disse.
Tasso, porém, fugiu das perguntas dos repórteres quando mencionado o apagão da energia elétrica do governo FHC. "O apagão não chegou a ocorrer", disse.
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