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29/12/2006
-
09h11
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
Presidente afastado do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP) deve voltar ao comando do partido no próximo mês, na primeira reunião, ainda sem data definida, da Executiva Nacional da sigla em 2007.
O caminho para a volta de Berzoini, afastado em meio ao escândalo do dossiê, ao cargo foi pavimentado pelo relatório da Polícia Federal sobre o caso, que não cita o petista entre os envolvidos na tentativa de compra de material contra candidatos tucanos.
Berzoini deixou o cargo, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, após seu nome ter sido envolvido no escândalo pela revista "Época". O então presidente do PT teria conhecimento de que seus subordinados Jorge Lorenzetti e Oswaldo Bargas procuraram a revista para negociar a publicação do material.
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, reconhece que Berzoini deve reassumir o cargo. "Acho que ele tem legitimidade para voltar."
Um dos vice-presidentes, Jilmar Tatto (SP), deputado federal eleito, também dá aval ao retorno. "Se não há nada contra ele neste momento, ele poderá retomar o comando."
A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com Berzoini ontem. Segundo seus interlocutores mais próximos no PT, o deputado federal está disposto a reassumir.
Uma das principais integrantes do Movimento PT, uma corrente moderada de esquerda, a deputada federal Maria do Rosário (RS) também endossa a volta do presidente afastado ao cargo.
"Na medida em que a CPI [dois Sanguessugas] e a PF não encontraram indícios de sua participação no dossiê, não há o que fazer. Ele tem o direito de voltar, mas vou falar com ele antes para saber qual é a sua vontade", disse.
Resistência
O principal foco de resistência à volta de Berzoini à direção do PT é a corrente Democracia Socialista, dos dirigentes Raul Pont e Joaquim Soriano. Eles devem apresentar voto contrário na reunião da Executiva, mas não terão força para impedir que o deputado reassuma.
A única maneira de Berzoini não voltar ao poder seria por meio de intervenção direta de Lula. O presidente, no entanto, não estaria disposto a se envolver nas questões do PT logo no início de seu mandato.
Tatto, ligado ao grupo da ex-prefeita Marta Suplicy, diz que a volta do deputado ao comando do PT não poderá significar o fim do projeto de antecipar as eleições gerais, o que representaria a diminuição do mandato de Berzoini.
"Uma coisa é a volta dele. Outra, a antecipação das eleições no congresso nacional que o PT vai realizar no ano que vem", afirma.
Berzoini venceu a eleição para comandar o PT em 2005 durante a crise do mensalão, após a queda de José Genoino, deputado federal eleito, e do mandato-tampão do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). Pelo estatuto atual, seu mandato vai até 2008.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o deputado Ricardo Berzoini
PT programa volta de Ricardo Berzoini ao comando do partido
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da Folha de S.Paulo
Presidente afastado do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP) deve voltar ao comando do partido no próximo mês, na primeira reunião, ainda sem data definida, da Executiva Nacional da sigla em 2007.
O caminho para a volta de Berzoini, afastado em meio ao escândalo do dossiê, ao cargo foi pavimentado pelo relatório da Polícia Federal sobre o caso, que não cita o petista entre os envolvidos na tentativa de compra de material contra candidatos tucanos.
Berzoini deixou o cargo, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, após seu nome ter sido envolvido no escândalo pela revista "Época". O então presidente do PT teria conhecimento de que seus subordinados Jorge Lorenzetti e Oswaldo Bargas procuraram a revista para negociar a publicação do material.
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, reconhece que Berzoini deve reassumir o cargo. "Acho que ele tem legitimidade para voltar."
Um dos vice-presidentes, Jilmar Tatto (SP), deputado federal eleito, também dá aval ao retorno. "Se não há nada contra ele neste momento, ele poderá retomar o comando."
A Folha de S.Paulo não conseguiu falar com Berzoini ontem. Segundo seus interlocutores mais próximos no PT, o deputado federal está disposto a reassumir.
Uma das principais integrantes do Movimento PT, uma corrente moderada de esquerda, a deputada federal Maria do Rosário (RS) também endossa a volta do presidente afastado ao cargo.
"Na medida em que a CPI [dois Sanguessugas] e a PF não encontraram indícios de sua participação no dossiê, não há o que fazer. Ele tem o direito de voltar, mas vou falar com ele antes para saber qual é a sua vontade", disse.
Resistência
O principal foco de resistência à volta de Berzoini à direção do PT é a corrente Democracia Socialista, dos dirigentes Raul Pont e Joaquim Soriano. Eles devem apresentar voto contrário na reunião da Executiva, mas não terão força para impedir que o deputado reassuma.
A única maneira de Berzoini não voltar ao poder seria por meio de intervenção direta de Lula. O presidente, no entanto, não estaria disposto a se envolver nas questões do PT logo no início de seu mandato.
Tatto, ligado ao grupo da ex-prefeita Marta Suplicy, diz que a volta do deputado ao comando do PT não poderá significar o fim do projeto de antecipar as eleições gerais, o que representaria a diminuição do mandato de Berzoini.
"Uma coisa é a volta dele. Outra, a antecipação das eleições no congresso nacional que o PT vai realizar no ano que vem", afirma.
Berzoini venceu a eleição para comandar o PT em 2005 durante a crise do mensalão, após a queda de José Genoino, deputado federal eleito, e do mandato-tampão do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). Pelo estatuto atual, seu mandato vai até 2008.
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