Publicidade
Publicidade
21/04/2007
-
02h36
da Folha de S.Paulo
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Polícia Federal sobre a Operação Têmis:
MJ - Departamento de Polícia Federal/Superintendência Regional no Estado de São Paulo
Setor de Comunicação Social
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, nesta manhã, a "Operação Têmis", dando cumprimento, em São Paulo, Rio de Janeiro e Campo Grande, a mandados de busca e apreensão expedidos pelo Ministro Felix Fischer, integrante da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, atendendo a representação conjunta.
As investigações que resultaram na "Operação Têmis" tiveram início em agosto de 2006, a partir de iniciativa do Ministério Público Federal, que requisitou a instauração de inquérito judicial, junto ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região, para apurar denúncia de que um juiz convocado no TRF-3 teria recebido valor para proferir determinada decisão em favor de particular em detrimento da fiscalização fazendária.
Após a instauração do inquérito judicial, as investigações se desenvolveram com intensa atuação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal.
No curso das investigações, revelou-se a existência de uma provável organização criminosa formada por advogados, juízes e desembargadores federais, contadores, donos de bingos e de empresas importadoras de máquinas caça-níqueis, um procurador da Fazenda Nacional, servidora da Receita Federal, empresários e lobistas. O inquérito foi remetido, então, para o Superior Tribunal de Justiça.
A atuação da organização consistia em obter decisões dos magistrados envolvidos favoráveis a seus interesses ilegais.
Outra área de atuação da organização criminosa estava relacionada à obtenção de decisões em matéria tributária, que viabilizavam a compensação indevida e/ou a suspensão da exigibilidade de créditos tributários de grande monta.
Para encobrir os valores utilizados, recebidos e repassados pela organização eram utilizadas empresas de fachada ou fantasmas, para a lavagem dos ativos.
Devido ao grande poder de penetração dos investigados junto a órgãos públicos e concessionárias de telefonia, houve vazamento das investigações e manipulação de provas no curso do procedimento, que será objeto de investigação própria.
Foram cumpridos mais de 80 mandados de busca e apreensão, em diversos endereços, incluindo escritórios de advocacia e contabilidade, residências e gabinetes de juízes e desembargadores federais da 3ª Região e de procurador da Fazenda Nacional, residência de policiais civis, lobistas, uma servidores da Receita Federal e na empresa Telefônica.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal informam que foram também requeridas 43 prisões temporárias de todos os investigados que entretanto, foram indeferidas pelo STJ.
Leia mais
PF apreende 40 kg de documentos em ação contra máfia de jogos
Polícia diz que bicheiros são os donos dos bingos do Rio
Após operação da PF, Justiça veta funcionamento de bingos em SP
STF bloqueia bens de 50 envolvidos com máfia de jogos e apura vazamento
Veja vídeo da PF da apreensão do dinheiro em megaoperação
Especial
Veja fotos da apreensão feita pela PF na Operação Hurricane
Leia mais sobre a Operação Hurricane
Veja a íntegra da nota divulgada sobre a Operação Têmis
Publicidade
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Polícia Federal sobre a Operação Têmis:
MJ - Departamento de Polícia Federal/Superintendência Regional no Estado de São Paulo
Setor de Comunicação Social
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, nesta manhã, a "Operação Têmis", dando cumprimento, em São Paulo, Rio de Janeiro e Campo Grande, a mandados de busca e apreensão expedidos pelo Ministro Felix Fischer, integrante da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, atendendo a representação conjunta.
As investigações que resultaram na "Operação Têmis" tiveram início em agosto de 2006, a partir de iniciativa do Ministério Público Federal, que requisitou a instauração de inquérito judicial, junto ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região, para apurar denúncia de que um juiz convocado no TRF-3 teria recebido valor para proferir determinada decisão em favor de particular em detrimento da fiscalização fazendária.
Após a instauração do inquérito judicial, as investigações se desenvolveram com intensa atuação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal.
No curso das investigações, revelou-se a existência de uma provável organização criminosa formada por advogados, juízes e desembargadores federais, contadores, donos de bingos e de empresas importadoras de máquinas caça-níqueis, um procurador da Fazenda Nacional, servidora da Receita Federal, empresários e lobistas. O inquérito foi remetido, então, para o Superior Tribunal de Justiça.
A atuação da organização consistia em obter decisões dos magistrados envolvidos favoráveis a seus interesses ilegais.
Outra área de atuação da organização criminosa estava relacionada à obtenção de decisões em matéria tributária, que viabilizavam a compensação indevida e/ou a suspensão da exigibilidade de créditos tributários de grande monta.
Para encobrir os valores utilizados, recebidos e repassados pela organização eram utilizadas empresas de fachada ou fantasmas, para a lavagem dos ativos.
Devido ao grande poder de penetração dos investigados junto a órgãos públicos e concessionárias de telefonia, houve vazamento das investigações e manipulação de provas no curso do procedimento, que será objeto de investigação própria.
Foram cumpridos mais de 80 mandados de busca e apreensão, em diversos endereços, incluindo escritórios de advocacia e contabilidade, residências e gabinetes de juízes e desembargadores federais da 3ª Região e de procurador da Fazenda Nacional, residência de policiais civis, lobistas, uma servidores da Receita Federal e na empresa Telefônica.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal informam que foram também requeridas 43 prisões temporárias de todos os investigados que entretanto, foram indeferidas pelo STJ.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice