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20/10/2003 - 18h11

Estudo questiona eficiência de testes de QI

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da Folha Online

Testes de QI (quociente de inteligência) são reorganizados em períodos de 15 a 20 anos, para ficarem mais difíceis, por conta de se tornarem obsoletos com o tempo. Essa prática, conhecida como efeito Flynn, pode ter efeitos inusitados, especialmente na qualificação de crianças com retardamento mental.

Segundo pesquisadores da Universidade Cornell e da Universidade West Virginia, nos EUA, crianças com a mesma capacidade cognitiva podem ter diagnósticos diferentes simplesmente porque normas de teste diferentes foram usadas para cada criança.

O estudo foi publicado na revista "American Psychologist", da Associação Psicológica Americana e utilizou dados de cerca de 9.000 avaliações psicológicas em nove escolas dos EUA, com crianças e jovens entre 6 e 17 anos.

Efeitos do descompasso nos testes

Crianças com retardamento mental leve ou com inteligência limítrofe perderam 5,6 pontos de QI quando retestados com testes renormatizados e eram mais sujeitos a serem qualificados como retardados mentais em comparação com colegas retestados pelo mesmo sistema.

"Alguns estudantes que poderiam receber a ajuda de serviços de educação especial sob os novos testes não a receberão porque as normas antigas de QI farão com que eles pontuem acima do que deveriam pontuar. Por outro lado, crianças que não estariam nesses programas de educação especial há um ano podem entrar por conta das novas normas", afirmam os pequisadores no artigo.

Os efeitos disso seriam o gasto desnecessário em educação especial com crianças que não precisariam dela, ao mesmo tempo em que ocorre a exclusão daquelas que precisam.
 

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