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05/11/2003
-
11h04
da Folha Online
Antioxidante ricamente encontrado no tomate e responsável pela coloração vermelha do fruto, o licopeno é apontado como um grande aliado à prevenção contra o câncer de próstata. Entretanto, um novo estudo sugere que este carotenóide não deve agir sozinho.
Cientistas da Universidade de Illinois e da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, disseram que a ação do licopeno sobre este tipo de câncer é possivelmente mais forte em combinação com outros componentes do tomate.
O estudo publicado no "Journal of the National Cancer Institute" submeteu 194 ratos machos com câncer de próstata induzido a uma dieta à base de tomates inteiros, a licopeno puro ou a uma alimentação controlada. Quatro semanas depois, os ratos foram divididos em dois grupos. Um deles tinha acesso ilimitado a comida; o segundo tinha apenas 80% da quantidade média diária de comida do primeiro grupo.
Ao final da pesquisa, os cientistas constataram que o câncer de próstata tirou a vida de 80% do grupo sob alimentação controlada e de 72% dos que ingeriram licopeno puro. Entre os ratos alimentados à base de tomates inteiros, 62% morreram.
O estudo também mostrou que os animais com menor quantidade de alimentos tiveram um risco ainda menor de desenvolver câncer de próstata, independente do que consumiram. De acordo com os pesquisadores, o resultado sugere que a alimentação baseada em tomates inteiros, aliada à diminuição da quantidade de comida pode ter benefícios adicionais independentes.
"Não estava claro se o licopeno, sozinho, era uma proteção. Este estudo sugere que a substância é um dos fatores envolvidos na redução do risco de câncer de próstata", disse John Erdman Jr., professor de ciência alimentar e nutrição humana da Universidade de Illinois.
De acordo com o pesquisador, ainda são necessários novos estudos para compreender o papel de vários fitoquímicos do tomate para verificar se há efeitos aditivos ou sinergéticos entre os componentes.
Suplementos alimentares
O resultado da pesquisa põe em dúvida o hábito do suplemento alimentar. Após as primeiras indicações de que o licopeno pudesse prevenir o câncer de próstata, a indústria se antecipou em colocar no mercado suplementos à base de licopeno puro.
"O estudo sugere que ingerir licopeno como suplemento alimentar não é tão efetivo quanto comer o próprio tomate. Para se proteger do câncer, as pessoas deveriam consumir o tomate e seus produtos em forma de salada, suco, macarrão ou mesmo na pizza", sugere Erdman.
Sozinho, licopeno é menos eficaz no combate ao câncer de próstata
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Antioxidante ricamente encontrado no tomate e responsável pela coloração vermelha do fruto, o licopeno é apontado como um grande aliado à prevenção contra o câncer de próstata. Entretanto, um novo estudo sugere que este carotenóide não deve agir sozinho.
Cientistas da Universidade de Illinois e da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, disseram que a ação do licopeno sobre este tipo de câncer é possivelmente mais forte em combinação com outros componentes do tomate.
O estudo publicado no "Journal of the National Cancer Institute" submeteu 194 ratos machos com câncer de próstata induzido a uma dieta à base de tomates inteiros, a licopeno puro ou a uma alimentação controlada. Quatro semanas depois, os ratos foram divididos em dois grupos. Um deles tinha acesso ilimitado a comida; o segundo tinha apenas 80% da quantidade média diária de comida do primeiro grupo.
Ao final da pesquisa, os cientistas constataram que o câncer de próstata tirou a vida de 80% do grupo sob alimentação controlada e de 72% dos que ingeriram licopeno puro. Entre os ratos alimentados à base de tomates inteiros, 62% morreram.
O estudo também mostrou que os animais com menor quantidade de alimentos tiveram um risco ainda menor de desenvolver câncer de próstata, independente do que consumiram. De acordo com os pesquisadores, o resultado sugere que a alimentação baseada em tomates inteiros, aliada à diminuição da quantidade de comida pode ter benefícios adicionais independentes.
"Não estava claro se o licopeno, sozinho, era uma proteção. Este estudo sugere que a substância é um dos fatores envolvidos na redução do risco de câncer de próstata", disse John Erdman Jr., professor de ciência alimentar e nutrição humana da Universidade de Illinois.
De acordo com o pesquisador, ainda são necessários novos estudos para compreender o papel de vários fitoquímicos do tomate para verificar se há efeitos aditivos ou sinergéticos entre os componentes.
Suplementos alimentares
O resultado da pesquisa põe em dúvida o hábito do suplemento alimentar. Após as primeiras indicações de que o licopeno pudesse prevenir o câncer de próstata, a indústria se antecipou em colocar no mercado suplementos à base de licopeno puro.
"O estudo sugere que ingerir licopeno como suplemento alimentar não é tão efetivo quanto comer o próprio tomate. Para se proteger do câncer, as pessoas deveriam consumir o tomate e seus produtos em forma de salada, suco, macarrão ou mesmo na pizza", sugere Erdman.
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