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25/03/2006
-
06h41
da Efe, em Curitiba
A comunidade internacional se reúne em Curitiba para debater sobre a conservação de ecossistemas e o uso sustentável dos recursos biológicos, com a intenção de impulsionar novas medidas que contribuam para frear a perda de biodiversidade.
Delegações de 188 países participam da 8ª Conferência das Partes do Convênio de Diversidade Biológica da ONU, iniciada no último dia 20, embora a partir desta segunda-feira comecem as reuniões de "alto nível", nas quais está prevista a participação de mais de 100 ministros da área de meio ambiente.
A conferência encerra um mês de debates e de atos realizados na cidade paranaense relacionados com a biossegurança e a biotecnologia, concretamente sobre o uso de transgênicos e as normas que devem reger seu comércio, e com a exploração dos recursos genéticos, que podem trazer benefícios às comunidades indígenas.
As delegações participantes da conferência centrarão a discussão a partir de segunda-feira na conveniência da implantação de um regime internacional que regule o acesso aos recursos genéticos para garantir uma justa distribuição dos lucros.
A busca de novos componentes para as indústrias farmacêutica, química, cosmética e agrícola, leva nações ou multinacionais a explorarem recursos de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (procedentes de plantas, animais ou microorganismos).
A comunidade internacional buscará em Curitiba fórmulas para propiciar que essa exploração e seus benefícios repercutam sobre os grupos indígenas ou regionais, que tradicionalmente transmitem de geração para geração os meios de utilização desses recursos.
Posições
A regulamentação do regime internacional sobre o acesso, a distribuição e os benefícios derivados desses recursos evidenciou as diferentes posições mantidas entre a comunidade internacional.
A União Européia conseguiu fixar uma posição comum para defendê-la em Curitiba, e defenderá a criação de normas internacionais para regular a exploração desses recursos, assim como de datas para sua aplicação.
Além da exploração comercial dos recursos genéticos, na Conferência das Partes do Convênio de Biodiversidade serão tratados assuntos como a perda de biodiversidade nas ilhas e a especial vulnerabilidade destes espaços à introdução de novas espécies invasoras, que acabam deslocando os autóctones.
A Conferência das Partes discutirá também a possibilidade de prorrogar a moratória internacional sobre a comercialização dos "Sistemas de Proteção de Tecnologias", conhecidos como sementes "terminator". Tais sementes, após uma modificação genética, são transformadas em "estéreis", e isso provocou grande controvérsia.
Segundo dados da "Biodiversidade na América Latina", página de internet dedicada à troca de informações entre organizações latino-americanas que trabalham em defesa da biodiversidade, cerca de 1,4 bilhão de agricultores no mundo baseiam sua economia na reutilização das sementes e na comercialização destas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre biodiversidade
Países debatem em Curitiba como frear perda de biodiversidade
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A comunidade internacional se reúne em Curitiba para debater sobre a conservação de ecossistemas e o uso sustentável dos recursos biológicos, com a intenção de impulsionar novas medidas que contribuam para frear a perda de biodiversidade.
Delegações de 188 países participam da 8ª Conferência das Partes do Convênio de Diversidade Biológica da ONU, iniciada no último dia 20, embora a partir desta segunda-feira comecem as reuniões de "alto nível", nas quais está prevista a participação de mais de 100 ministros da área de meio ambiente.
A conferência encerra um mês de debates e de atos realizados na cidade paranaense relacionados com a biossegurança e a biotecnologia, concretamente sobre o uso de transgênicos e as normas que devem reger seu comércio, e com a exploração dos recursos genéticos, que podem trazer benefícios às comunidades indígenas.
As delegações participantes da conferência centrarão a discussão a partir de segunda-feira na conveniência da implantação de um regime internacional que regule o acesso aos recursos genéticos para garantir uma justa distribuição dos lucros.
A busca de novos componentes para as indústrias farmacêutica, química, cosmética e agrícola, leva nações ou multinacionais a explorarem recursos de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (procedentes de plantas, animais ou microorganismos).
A comunidade internacional buscará em Curitiba fórmulas para propiciar que essa exploração e seus benefícios repercutam sobre os grupos indígenas ou regionais, que tradicionalmente transmitem de geração para geração os meios de utilização desses recursos.
Posições
A regulamentação do regime internacional sobre o acesso, a distribuição e os benefícios derivados desses recursos evidenciou as diferentes posições mantidas entre a comunidade internacional.
A União Européia conseguiu fixar uma posição comum para defendê-la em Curitiba, e defenderá a criação de normas internacionais para regular a exploração desses recursos, assim como de datas para sua aplicação.
Além da exploração comercial dos recursos genéticos, na Conferência das Partes do Convênio de Biodiversidade serão tratados assuntos como a perda de biodiversidade nas ilhas e a especial vulnerabilidade destes espaços à introdução de novas espécies invasoras, que acabam deslocando os autóctones.
A Conferência das Partes discutirá também a possibilidade de prorrogar a moratória internacional sobre a comercialização dos "Sistemas de Proteção de Tecnologias", conhecidos como sementes "terminator". Tais sementes, após uma modificação genética, são transformadas em "estéreis", e isso provocou grande controvérsia.
Segundo dados da "Biodiversidade na América Latina", página de internet dedicada à troca de informações entre organizações latino-americanas que trabalham em defesa da biodiversidade, cerca de 1,4 bilhão de agricultores no mundo baseiam sua economia na reutilização das sementes e na comercialização destas.
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