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17/02/2007
-
04h46
da Efe, em Washington
A Nasa adiou hoje o lançamento do foguete Delta 2 que deve pôr em órbita terrestre cinco satélites dentro da missão Themis devido a ventos acima do limite de segurança.
O controle da missão no Centro Espacial Kennedy de Cabo Canaveral (Flórida) marcou uma nova tentativa para este sábado, às 21h05 (horário de Brasília).
Pouco antes do anúncio do cancelamento, as condições pareciam ideais para a partida do foguete. Os céus da tarde estavam totalmente claros, a visibilidade era grande e soprava uma suave brisa.
Os cinco satélites que o Delta 2 porá em órbita servirão para desvendar o mistério das auroras polares.
Esse conhecimento é crucial para compreender e descrever o clima espacial e as medidas de segurança que devem ser tomadas para proteger os astronautas de seus efeitos, afirmou a Nasa.
As auroras polares são feixes de luz e cor que ondulam no céu nas latitudes muito elevadas. São fruto da conjunção das forças magnéticas que vêm do núcleo da Terra e dos ventos solares, uma corrente invisível de partículas carregadas de eletricidade.
A missão buscará resolver um dos mais antigos mistérios da física cósmica: quais são os processos que desencadeiam o que os cientistas e astrônomos chamam de "subtempestades" na magnetosfera do planeta, assinalou a Nasa.
"Depois desta missão, esperamos dar uma resposta à velha dúvida: onde e quando se originam estas tempestades?", disse uma fonte da Nasa.
Os cinco satélites serão alinhados em órbitas paralelas sobre a América do Norte, a partir das quais recolherão informação e realizarão medições que, pela primeira vez, permitirão ter um panorama completo das "subtempestades magnéticas".
Em suas respectivas posições sobre o campo magnético, cada uma das sondas transmitirá informação que permitirá determinar o que a Nasa classifica como "o elusivo ponto de origem" das subtempestades.
Depois de dois anos de operações, os satélites terão conseguido observar pelo menos 30 dessas subtempestades, disse a agência espacial americana.
Para os engenheiros e astrônomos da Nasa, a missão "Themis" será crucial para compreender a instabilidade física desencadeadas por essas subtempestades na magnetosfera, o campo magnético que cerca o planeta e que é formado a partir de seu núcleo.
Segundo afirmam, as subtempestades são estreitamente ligadas às tempestades cósmicas que podem alterar as comunicações radiofônicas e de satélites, a navegação mediante o sistema de posicionamento global (GPS) e os sistemas de fornecimento elétrico no planeta.
"As piores tempestades, aquelas que derrubam naves espaciais e põem em perigo os astronautas, podem ser uma série sucessiva de subtempestades", disse David Sikbeck, cientista da missão no Centro Goddard de Vôos Espaciais da Nasa, em Maryland.
Segundo Vassilis Angelopoulos, principal investigador da Themis no Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, os processos das subtempestades são fundamentais para compreender o clima espacial e "como este afeta os satélites e os seres humanos no espaço".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Nasa
Nasa adia lançamento de missão que pesquisará aurora polar
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A Nasa adiou hoje o lançamento do foguete Delta 2 que deve pôr em órbita terrestre cinco satélites dentro da missão Themis devido a ventos acima do limite de segurança.
O controle da missão no Centro Espacial Kennedy de Cabo Canaveral (Flórida) marcou uma nova tentativa para este sábado, às 21h05 (horário de Brasília).
Pouco antes do anúncio do cancelamento, as condições pareciam ideais para a partida do foguete. Os céus da tarde estavam totalmente claros, a visibilidade era grande e soprava uma suave brisa.
Os cinco satélites que o Delta 2 porá em órbita servirão para desvendar o mistério das auroras polares.
Esse conhecimento é crucial para compreender e descrever o clima espacial e as medidas de segurança que devem ser tomadas para proteger os astronautas de seus efeitos, afirmou a Nasa.
As auroras polares são feixes de luz e cor que ondulam no céu nas latitudes muito elevadas. São fruto da conjunção das forças magnéticas que vêm do núcleo da Terra e dos ventos solares, uma corrente invisível de partículas carregadas de eletricidade.
A missão buscará resolver um dos mais antigos mistérios da física cósmica: quais são os processos que desencadeiam o que os cientistas e astrônomos chamam de "subtempestades" na magnetosfera do planeta, assinalou a Nasa.
"Depois desta missão, esperamos dar uma resposta à velha dúvida: onde e quando se originam estas tempestades?", disse uma fonte da Nasa.
Os cinco satélites serão alinhados em órbitas paralelas sobre a América do Norte, a partir das quais recolherão informação e realizarão medições que, pela primeira vez, permitirão ter um panorama completo das "subtempestades magnéticas".
Em suas respectivas posições sobre o campo magnético, cada uma das sondas transmitirá informação que permitirá determinar o que a Nasa classifica como "o elusivo ponto de origem" das subtempestades.
Depois de dois anos de operações, os satélites terão conseguido observar pelo menos 30 dessas subtempestades, disse a agência espacial americana.
Para os engenheiros e astrônomos da Nasa, a missão "Themis" será crucial para compreender a instabilidade física desencadeadas por essas subtempestades na magnetosfera, o campo magnético que cerca o planeta e que é formado a partir de seu núcleo.
Segundo afirmam, as subtempestades são estreitamente ligadas às tempestades cósmicas que podem alterar as comunicações radiofônicas e de satélites, a navegação mediante o sistema de posicionamento global (GPS) e os sistemas de fornecimento elétrico no planeta.
"As piores tempestades, aquelas que derrubam naves espaciais e põem em perigo os astronautas, podem ser uma série sucessiva de subtempestades", disse David Sikbeck, cientista da missão no Centro Goddard de Vôos Espaciais da Nasa, em Maryland.
Segundo Vassilis Angelopoulos, principal investigador da Themis no Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, os processos das subtempestades são fundamentais para compreender o clima espacial e "como este afeta os satélites e os seres humanos no espaço".
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