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17/09/2000 - 20h33

Brasil faz sua primeira telecirurgia

da France Presse
em São Paulo

Uma equipe médica brasileira do hospital Sírio-Libanês de São paulo alcançou domingo um importante aperfeiçoamento técnico-cirúrgico, ao participar de uma telecirurgia, em conjunto com um especialista dos EUA.

A operação contou com o auxílio de um robô-cirurgião e foi comandada à distância pelo médico Louis Kavoussi, do Hospital John Hopkins, de Baltimore.

Kavoussi comandou o robô "Aesop" através da Internet2, de altíssima
fidelidade e rapidez na transmissão de datos e imagens, informou o cirurgião brasileiro Nelson Rodrigues. Esta é a primeira telecirugia realizada no Hemisfério Sul e a terceira no mundo, segundo Rodrigues.

O paciente, um jovem brasileiro que não teve a identidade revelada, sofria de varicocele, que foi extirpada pelo método de "videolaparoscopia". A intervenção foi um sucesso, segundo a equipe.

O método consiste na inserção de uma minicâmera de vídeo no corpo do
paciente, explicou Rodrigues, que acrescentou que operação durou 20 minutos.

Professor da Faculdade de Medicina da Universidad de Campinas (São Paulo), Rodrigues explicou que Kavoussi, do hospital John Hopkins, orientava o robô.

A equipe brasileira teve o trabalho de inserir a cãmara e posicioná-la para que o médico operasse instruindo o robô. A equipe local também cuidou da coagulação sanguínea depois do corte.

Rodrigues ressaltou a importancia da telecirugia para o ensino da medicina e o aperfeiçoamento dos cirurgiões. "Acredito que os hospitais universitários deveriam ser os primeiros a incorporar o novo método. Hoje tivemos a participação de um médico americano, mas no futuro a cirurgia poderá ser executada com a internação do paciente num
hospital de uma cidade e o médico em outra cidade", disse Rodrigues ao se referir a redução dos custos para os pacientes que vivem longe dos grandes centros e precisam se deslocar para ser operados.

As telecirurgias são feitas por três médicos. Um faz a intervenção, outro se ocupa da visualização interna do organismo do paciente e o terceito opera o robô, que 'vê' através de uma microcâmera.

Para Rodrigues, a dificuldade para a maior difusão desse método é o preço do equipamento. Um robô no mercado internacional vale ao redor de US$ 80 mil.

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