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28/02/2001
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18h16
Pesquisadores austriacos divulgaram hoje os resultados de um estudo que aponta o perido de infecções bacterianas crônicas comuns podem aumentar o risco de aterosclerose, depósito de placas de gordura nas artérias que pode levar a ataques cardíacos.
Durante uma pesquisa que durou cinco anos, as pessoas que apresentaram infecções bacterianas crônicas mais comuns, como infecções pulmonares, urinárias e da gengiva, foram quase três vezes mais propensas a desenvolver novas placas na carótida, a maior artéria do pescoço que distribui sangue para o cérebro.
A deposição de gordura nas artérias do pescoço pode aumentar o risco de derrame, sendo um sinal de que os vasos do coração também podem estar obstruídos.
"Nosso estudo forneceu fortes evidências de que a infecção crônica é um fator de risco para aterosclerose vascular. Esses dados podem oferecer novas pistas sobre a futura prevenção da doença", disse o chefe do estudo Stefan Kiechl, da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
O chefe da pesquisa advertiu ainda que o uso disseminado de antibióticos no combate a infecções crônicas, e na prevenção da aterosclerose, não se justifica. Ainda é preciso submeter a segurança e efetividade dessa abordagem a testes clínicos.
Enquanto isso, o especialista recomenda adotar alguns cuidados para reduzir o risco de infecções crônicas, como melhorar a saúde oral, ter uma dieta saudável e não fumar.
Pesquisas anteriores sugeriram uma associação entre infecções e ataque cardíaco, mas poucos estudos examinaram a relação entre infecções e a aterosclerose, que pode levar a ataques cardíacos e derrames, informou o trabalho da equipe de Kiechl, publicado na edição de 27 de fevereiro do Circulation: Journal of the American Heart Association.
O estudo incluiu 826 homens e mulheres brancos entre 40 e 79 anos de idade que foram acompanhados de 1990 a 1995. Os pacientes foram submetidos a ultra-sonografia das carótidas no começo e no final do estudo.
As infecções crônicas estavam presentes em 268 participantes. O problema foi mais comum entre pessoas que fumavam muito ou que bebiam muito, idosos e pessoas com pior situação socioeconômica.
Durante o estudo, 41% do grupo desenvolveu novas placas nas carótidas, informaram os pesquisadores. Quem tinha infecções crônicas foi 2,78 vezes mais propenso a desenvolver novas placas que as pessoas que não apresentavam infecções.
Nem todas as infecções foram associadas ao aumento do risco de aterosclerose. O estudo verificou que apenas infeções bacterianas __não as causadas por vírus como citomegalovírus, herpes zoster ou o da hepatite B ou C__ aumentaram o risco de doença arterial.
A equipe suspeita que a inflamação relacionada ao processo infeccioso pode ser importante no aumento do risco. Os pacientes que apresentavam infecções com altos níveis de inflamação tenderam a ter um risco maior de aterosclerose, informou a equipe.
Outra explicação possível é que as infecções bacterianas poderiam levar o sistema imunológico a se voltar contra si próprio. A chamada resposta auto-imune poderia danificar os vasos, tornando mais fácil o acúmulo de depósitos de gordura, observou a equipe.
Infecção bacteriana aumenta o risco de aterosclerose
da Reuters, em Nova YorkPesquisadores austriacos divulgaram hoje os resultados de um estudo que aponta o perido de infecções bacterianas crônicas comuns podem aumentar o risco de aterosclerose, depósito de placas de gordura nas artérias que pode levar a ataques cardíacos.
Durante uma pesquisa que durou cinco anos, as pessoas que apresentaram infecções bacterianas crônicas mais comuns, como infecções pulmonares, urinárias e da gengiva, foram quase três vezes mais propensas a desenvolver novas placas na carótida, a maior artéria do pescoço que distribui sangue para o cérebro.
A deposição de gordura nas artérias do pescoço pode aumentar o risco de derrame, sendo um sinal de que os vasos do coração também podem estar obstruídos.
"Nosso estudo forneceu fortes evidências de que a infecção crônica é um fator de risco para aterosclerose vascular. Esses dados podem oferecer novas pistas sobre a futura prevenção da doença", disse o chefe do estudo Stefan Kiechl, da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
O chefe da pesquisa advertiu ainda que o uso disseminado de antibióticos no combate a infecções crônicas, e na prevenção da aterosclerose, não se justifica. Ainda é preciso submeter a segurança e efetividade dessa abordagem a testes clínicos.
Enquanto isso, o especialista recomenda adotar alguns cuidados para reduzir o risco de infecções crônicas, como melhorar a saúde oral, ter uma dieta saudável e não fumar.
Pesquisas anteriores sugeriram uma associação entre infecções e ataque cardíaco, mas poucos estudos examinaram a relação entre infecções e a aterosclerose, que pode levar a ataques cardíacos e derrames, informou o trabalho da equipe de Kiechl, publicado na edição de 27 de fevereiro do Circulation: Journal of the American Heart Association.
O estudo incluiu 826 homens e mulheres brancos entre 40 e 79 anos de idade que foram acompanhados de 1990 a 1995. Os pacientes foram submetidos a ultra-sonografia das carótidas no começo e no final do estudo.
As infecções crônicas estavam presentes em 268 participantes. O problema foi mais comum entre pessoas que fumavam muito ou que bebiam muito, idosos e pessoas com pior situação socioeconômica.
Durante o estudo, 41% do grupo desenvolveu novas placas nas carótidas, informaram os pesquisadores. Quem tinha infecções crônicas foi 2,78 vezes mais propenso a desenvolver novas placas que as pessoas que não apresentavam infecções.
Nem todas as infecções foram associadas ao aumento do risco de aterosclerose. O estudo verificou que apenas infeções bacterianas __não as causadas por vírus como citomegalovírus, herpes zoster ou o da hepatite B ou C__ aumentaram o risco de doença arterial.
A equipe suspeita que a inflamação relacionada ao processo infeccioso pode ser importante no aumento do risco. Os pacientes que apresentavam infecções com altos níveis de inflamação tenderam a ter um risco maior de aterosclerose, informou a equipe.
Outra explicação possível é que as infecções bacterianas poderiam levar o sistema imunológico a se voltar contra si próprio. A chamada resposta auto-imune poderia danificar os vasos, tornando mais fácil o acúmulo de depósitos de gordura, observou a equipe.
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