Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/05/2001 - 18h41

Adesivo anticoncepcional é tão eficaz quanto pílula, diz estudo

da France Presse, em Chicago (EUA)

Um adesivo anticoncepcional, que espera sua aprovação pelas autoridades americanas, é tão eficaz para prevenir gravidez não-desejada como a pílula, segundo um estudo publicado hoje nos Estados Unidos.

Este documento, o mais minucioso feito até agora comparando as duas formas de contracepção, determinou que o adesivo intradérmico foi bem-sucedido em 98% dos casos, quase o mesmo nível de eficácia da pílula.

Os pesquisadores também afirmaram que as mulheres foram mais disciplinadas na aplicação dos adesivos ao contrário da ingestão de pílulas, o que sugere que a longo prazo este método seria mais seguro para o controle da natalidade do que o oral.

"Esta é uma nova forma de tecnologia intradérmica que libera as mulheres da obrigação de tomar a pílula todos os dias, sem aumentar o risco de efeitos secundários", estimou William Koltun, autor principal do estudo aparecido no Journal of the American Medical Association (Jama).

"As mulheres não querem ficar se indagando todos os dias se tomaram a pílula. Essa é a queixa mais comum que ouvem os médicos acerca dos anticoncepcionais orais", acrescentou Koltun, diretor da Pesquisa Clínica do Centro Médico para Mulheres de San Diego, Califórnia.

Os cientistas americanos e canadenses que participaram do estudo descobriram que 88% das 1.417 mulheres usaram adequadamente o adesivo, isto é, 11% a mais do que as mulheres que tomam os anticoncepcionais orais comuns (77%).

O pequeno adesivo, produzido pelos mesmos fabricantes da pílula contraceptiva Ortho Tri-cyclen, contém um suplemento semanal dos hormônios progesterona e estrógeno, que são aplicados em níveis muito baixos diretamente sobre a pele.

O adesivo, registrado como Ortho-Evra, se aplica na mesma área (nádegas, baixo abdômen, torso ou antebraço) por 21 dias durante o período menstrual e é desenhado para resistir ao uso diário, incluindo práticas de natação e duchas.

Cerca de 5% dos adesivos usados neste estudo se desprenderam, mas os adesivos podem ser imediatamente recolocados sem afetar sua eficácia, segundo a empresa fabricante, Ortho-McNeill Pharmaceutical.

A empresa, filiada à Johnson and Johnson, remeteu o adesivo à Administração Americana de Controle de Alimentos e Remédios para sua aprovação oficial em dezembro de 2000, e se espera que tome uma decisão no final deste ano.

Se aprovado, pode sair à venda nos Estados Unidos no início de 2002.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página