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03/10/2000
-
21h05
da Folha Online, em Campinas
Mulheres da geração revolucionária dos anos 60 e 70, hoje com idades entre 45 e 60 anos, na pós-menopausa, têm as atividades sexuais com mais prazer, mantendo a formação que adquiriram no período de mudanças profundas nas sociedades mundiais.
Esta é a conclusão fundamental de uma pesquisa que resultou em tese de doutorado do ginecologista Valdir Tadini, defendida na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A tese "A sexualidade no climatério: uma análise do inquérito populacional domiciliar em mulheres de 45 a 60 anos no município de Campinas", é baseada em dados do Censo de 1994 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa conta com 456 mulheres de Campinas (99 km de São Paulo).
Entre as 456 entrevistadas, 68% afirmaram manter atividade sexual, 88% com muito mais prazer na relação. Um dos motivos, observa o médico, é o fim da fertilidade feminina nesta idade com a instalação da menopausa.
56% da entrevistadas sexualmente ativas informaram que mantêm entre 1 e 4 relações sexuais por mês, em um ano. Já 29%, mantém de 5 a 10 relações/mês, 12%, de 11 a 20 relações e 3%, 21 ou mais relações. 166 entrevistadas declararam ter de uma a quatro relações por mês. Dessas mulheres, 43% são da classe C, 16% das classes A e B e 40% D e E.
As mulheres que declararam 5 ou mais relações são 33%, das classes A ou B, 43% da C e 24% das classes D ou E.
Sem prazer
A maioria das mulheres pesquisadas declarou sentir prazer "às vezes". O estudo mostra também que é grande o número de mulheres que garantiram se satisfazer sempre no ato sexual 102 (34%) das 297 entrevistadas.
As respostas apontam também para mulheres que nunca sentiram prazer. 41 respostas de mulheres que responderam a questão, 14% das entrevistadas, declararam não ter prazer no sexo.
A pesquisa revela que a iniciação sexual das mulheres brasileiras está começando mais cedo. Hoje, a primeira relação sexual acontece, em média, aos 19 anos. No início do século, de acordo com o pesquisador, a relação sexual começava em média aos 25.
O estudo é o primeiro que utiliza base populacional sobre a sexualidade na menopausa elaborado no Brasil e na América Latina. O médico avaliou também a influência de fatores sócio-demográficos, clínicos e da percepção que a mulher tem sobre o seu estado de saúde.
O censo publicado em 1994 contabilizou 79 mil mulheres com idades entre 45 e 60 anos na cidade. Segundo o ginecologista, cientificamente, 390 questionários já ofereceriam uma boa amostragem. "A decisão de ampliar o número foi para termos maior segurança metodológica", observa.
Leia mais:
21h11 "Efeito Vera Fischer" ronda imaginário no sexo pós-menopausa
21h10 Saúde também influencia no prazer sexual
21h08 Maioria dos médicos não sabe lidar com a sexualidade feminina
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Mulheres entre 45 e 60 anos mantêm prazer no sexo, diz pesquisa
MÁRIO TONOCCHIda Folha Online, em Campinas
Mulheres da geração revolucionária dos anos 60 e 70, hoje com idades entre 45 e 60 anos, na pós-menopausa, têm as atividades sexuais com mais prazer, mantendo a formação que adquiriram no período de mudanças profundas nas sociedades mundiais.
Esta é a conclusão fundamental de uma pesquisa que resultou em tese de doutorado do ginecologista Valdir Tadini, defendida na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A tese "A sexualidade no climatério: uma análise do inquérito populacional domiciliar em mulheres de 45 a 60 anos no município de Campinas", é baseada em dados do Censo de 1994 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa conta com 456 mulheres de Campinas (99 km de São Paulo).
Entre as 456 entrevistadas, 68% afirmaram manter atividade sexual, 88% com muito mais prazer na relação. Um dos motivos, observa o médico, é o fim da fertilidade feminina nesta idade com a instalação da menopausa.
56% da entrevistadas sexualmente ativas informaram que mantêm entre 1 e 4 relações sexuais por mês, em um ano. Já 29%, mantém de 5 a 10 relações/mês, 12%, de 11 a 20 relações e 3%, 21 ou mais relações. 166 entrevistadas declararam ter de uma a quatro relações por mês. Dessas mulheres, 43% são da classe C, 16% das classes A e B e 40% D e E.
As mulheres que declararam 5 ou mais relações são 33%, das classes A ou B, 43% da C e 24% das classes D ou E.
Sem prazer
A maioria das mulheres pesquisadas declarou sentir prazer "às vezes". O estudo mostra também que é grande o número de mulheres que garantiram se satisfazer sempre no ato sexual 102 (34%) das 297 entrevistadas.
As respostas apontam também para mulheres que nunca sentiram prazer. 41 respostas de mulheres que responderam a questão, 14% das entrevistadas, declararam não ter prazer no sexo.
A pesquisa revela que a iniciação sexual das mulheres brasileiras está começando mais cedo. Hoje, a primeira relação sexual acontece, em média, aos 19 anos. No início do século, de acordo com o pesquisador, a relação sexual começava em média aos 25.
O estudo é o primeiro que utiliza base populacional sobre a sexualidade na menopausa elaborado no Brasil e na América Latina. O médico avaliou também a influência de fatores sócio-demográficos, clínicos e da percepção que a mulher tem sobre o seu estado de saúde.
O censo publicado em 1994 contabilizou 79 mil mulheres com idades entre 45 e 60 anos na cidade. Segundo o ginecologista, cientificamente, 390 questionários já ofereceriam uma boa amostragem. "A decisão de ampliar o número foi para termos maior segurança metodológica", observa.
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