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16/12/2002
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11h03
Um estudo estatístico revelador flagrou os cientistas numa atitude de repórteres desleixados. Quando escrevem seus trabalhos e citam artigos de outros pesquisadores, a maioria deles não se preocupa em ler os originais.
A descoberta foi feita por Mikhail Simkin e Vwani Roychowdhury, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que estudam a maneira como a informação se espalha ao longo de diferentes tipos de rede. Eles perceberam, numa base de dados de citações, que erros nas referências (como no título de um artigo alheio, por exemplo) são bastante comuns e que vários desses erros são idênticos. Isso sugere que muitos cientistas simplesmente economizam tempo, copiando a referência de um artigo de outrem em vez de ler o original.
Para descobrir o quão comum é essa atitude, eles olharam os dados de citações de um estudo famoso de 1973 sobre a estrutura de cristais bidimensionais. Descobriram que o artigo havia sido citado 4.300 vezes, 196 delas contendo referência errada a volume, página ou ano de publicação.
Apesar do fato de que centenas de variações nos tipos de erro são possíveis, eles contaram apenas 45. O erro mais popular apareceu 78 vezes. O que sugere que 45 cientistas, que bem poderiam ter lido o original, erraram ao citá-lo. Então, 151 outros -77% do total- copiaram os enganos sem se dar ao trabalho de ler o original. Para os autores, o cientista confia demais em outros para repetir a mensagem central de um artigo.
Cientista evita ler fontes originais antes de citá-las
da "New Scientist"Um estudo estatístico revelador flagrou os cientistas numa atitude de repórteres desleixados. Quando escrevem seus trabalhos e citam artigos de outros pesquisadores, a maioria deles não se preocupa em ler os originais.
A descoberta foi feita por Mikhail Simkin e Vwani Roychowdhury, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que estudam a maneira como a informação se espalha ao longo de diferentes tipos de rede. Eles perceberam, numa base de dados de citações, que erros nas referências (como no título de um artigo alheio, por exemplo) são bastante comuns e que vários desses erros são idênticos. Isso sugere que muitos cientistas simplesmente economizam tempo, copiando a referência de um artigo de outrem em vez de ler o original.
Para descobrir o quão comum é essa atitude, eles olharam os dados de citações de um estudo famoso de 1973 sobre a estrutura de cristais bidimensionais. Descobriram que o artigo havia sido citado 4.300 vezes, 196 delas contendo referência errada a volume, página ou ano de publicação.
Apesar do fato de que centenas de variações nos tipos de erro são possíveis, eles contaram apenas 45. O erro mais popular apareceu 78 vezes. O que sugere que 45 cientistas, que bem poderiam ter lido o original, erraram ao citá-lo. Então, 151 outros -77% do total- copiaram os enganos sem se dar ao trabalho de ler o original. Para os autores, o cientista confia demais em outros para repetir a mensagem central de um artigo.
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