Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/04/2003 - 19h47

Cafeína reduz fluxo sanguíneo durante exercício, diz estudo

da Folha Online

A cafeína presente em duas xícaras de café reduz o fluxo sanguíneo durante exercícios físicos, especialmente em grandes altitudes, segundo estudo do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça.

O autor do estudo, doutor Mehdi Namdar, explica que pessoas saudáveis praticamente não sentem os efeitos dessa redução durante caminhadas, mesmo as mais puxadas.

Mas, segundo ele, pessoas com problemas arteriais podem ter problemas --sua equipe ainda está fazendo testes com pacientes, e se os resultados forem comparáveis, seria aconselhável evitar o cafézinho antes de praticar exercícios.

Efeitos do café

Namdar apurou o fluxo cardíaco e os efeitos da cafeína em 16 voluntários saudáveis durante o repouso e a prática de exercícios. Eles fizeram cinco minutos de bicicleta num ritmo crescente. Então eles inalaram ar com baixa concentração de oxigênio --para simular uma altitude de 4.500 metros-- e andaram novamente de bicicleta.

Após esta etapa, os voluntários beberam o equivalente a duas xícaras de café (cerca de 200 mg). Depois de 50 minutos, eles repetiram o exercício nas duas condições.

As duas xícaras de café elevaram o fluxo sanguíneo no estado de repouso. Mas, durante o exercício, a cafeína reduziu a passagem de sangue pelo coração.

Segundo o estudo, a reserva de fluxo coronariana --uma quantidade adicional de sangue que pode ser fornecida ao coração durante situações de estresse, como o exercício-- caiu 36% durante a atividade física ao nível do mar e 56% com baixa concentração de oxigênio.

Em pessoas saudáveis, os vasos sanguíneos contraíram-se para levar mais sangue ao coração durante o exercício, mas a dúvida de Namdar é quanto às pessoas cardíacas ou com problemas de circulação, já que os vasos não poderiam se ajustar para suprir as exigências do coração durante a atividade física.

Em suma: o coração teria de trabalhar mais para bombear o sangue.

O doutor apresentou seu estudo essa semana durante o encontro anual da American College of Cardiology, em Chicago.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página