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11/06/2003 - 17h32

Fósseis mais antigos do homem são encontrados na Etiópia

da Folha Online

Uma equipe de paleontólogos encontrou, na Etiópia, fósseis de Homo sapiens com 160 mil anos, os mais antigos descobertos até hoje. O material prova que o homem moderno e o neandertal não fazem parte da mesma linha evolutiva, além de embasar a teoria da origem africana do H.sapiens.

Divulgação/Nature
Crânio com 160 mil anos é o mais antigo do homem já encontrado
Os resquícios --pertencentes a dois adultos e uma criança-- foram descobertos na vila de Herto, a 225 quilômetros de Addis Ababa, no Awash médio, berço dos mais antigos fósseis humanos já encontrados. Eles estavam prensados entre duas camadas vulcânicas, ao lado de ferramentas de pedra e fósseis de animais.

Como eles apresentam características modernas e primitivas, os pesquisadores os classificaram como uma subespécie: Homo sapiens edaltus --"edaltus" significa "homem velho" na língua africana afar.

"Agora temos uma boa sequência de fósseis mostrando que evoluímos na África, e não em todo o globo", disse o antropólogo Tim White, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que liderou a pesquisa, descrita na edição de amanhã da revista "Nature" (www.nature.com).

"Os fósseis são únicos porque eles são os mais próximos do homem moderno", disse o paleontólogo Berhane Asfaw, do Serviço de Pesquisa Rift Valley na Etiópia.

Longo caminho

Os pesquisadores levaram três anos para limpar e restaurar os fósseis, achados em 1997, antes de compará-los e analisá-los.

"Faltavam provas entre os pré-humanos e os humanos modernos, entre 100 mil anos e 300 mil anos, e esses fósseis preenchem a lacuna", afirma White. O co-autor do estudo F. Clark Howell, também de Berkeley, explica que o estudo "demonstra, de forma conclusiva, que nunca houve um estágio neandertal na evolução humana".

Por décadas, antropólogos discutem se os neandertais fizeram parte da linha evolutiva do homem ou se constituiam uma linhagem particular, que desapareceu há mais de 30 mil anos.

Marcas encontradas nos ossos indicam rituais funerários, envolvendo a preservação e a adoração dos corpos por parentes ou membros da tribo. "Eles provavelmente cortaram os músculos e quebraram as bases cranianas para extrair o cérebro", disse White.

Com agências internacionais
 

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