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06/08/2003
-
14h45
A contínua exposição do homem à sua própria voz (e não a matemática) é que originou das divisões tonais da música que hoje predominam em diferentes culturas. Pelo menos essa é a tese de Dale Purves, da Duke University, nos Estados Unidos, segundo a revista "New Scientist".
Para o pesquisador, as estruturas do organismo responsáveis pela emissão do som --desde as cordas vocais até o céu da boca-- teriam contribuído para a formação das escalas da música moderna.
Para chegar à conclusão, Purves analisou milhares de trechos de voz humana. Ele descobriu picos na energia acústica da voz semelhantes às distâncias das doze notas da escala cromática.
Essas doze notas equivalem a uma oitava completa em um instrumento musical. Por exemplo: toque doze notas em sequência no piano, considerando as teclas brancas e as pretas. A décima terceira nota terá exatamente o mesmo som da primeira que você tocou. A diferença é o timbre, mais agudo.
Matemática
Essa divisão de tons é usada para fazer música há alguns séculos no Ocidente. Mas o som não necessariamente precisa de divisões. Ele pode variar de forma contínua, do agudo para o grave e vice-versa.
As diferentes tradições musicais têm sons característicos porque cada cultura adota pedaços ou organizações diferentes dessa mesma escala cromática, com diferentes intervalos entre as notas. No Ocidente, a escala mais comum é o dó-ré-mi-fá-sol-lá-si, com sete tons. Na China, a escala mais comum é baseada em apenas cinco tonalidades.
Para o filósofo grego Pitágoras, a relação entre cada tom poderia ser deduzida a partir de relações matemáticas entre os tons.
Além de números
Os pesquisadores da Duke University extraíram cerca de 100 mil trechos de voz de 0,1 segundo de duração cada de diversas conversações em língua inglesa.
A análise acústica desses trechos revelou dez picos de frequência que batem com os intervalos mais comuns utilizados na música de todo o planeta. O pico de frequência é atingido quando uma onda sonora entra em ressonância com a garganta e a cavidade oral.
O resultado forneceu a Purves pistas para tentar provar que, mais que a matemática, a exposição do homem ao som de sua própria voz pode ter ajudado a construir a estrutura de tons da música.
Estrutura de tons da música surgiu da voz humana, sugere estudo
da Folha OnlineA contínua exposição do homem à sua própria voz (e não a matemática) é que originou das divisões tonais da música que hoje predominam em diferentes culturas. Pelo menos essa é a tese de Dale Purves, da Duke University, nos Estados Unidos, segundo a revista "New Scientist".
Para o pesquisador, as estruturas do organismo responsáveis pela emissão do som --desde as cordas vocais até o céu da boca-- teriam contribuído para a formação das escalas da música moderna.
Para chegar à conclusão, Purves analisou milhares de trechos de voz humana. Ele descobriu picos na energia acústica da voz semelhantes às distâncias das doze notas da escala cromática.
Essas doze notas equivalem a uma oitava completa em um instrumento musical. Por exemplo: toque doze notas em sequência no piano, considerando as teclas brancas e as pretas. A décima terceira nota terá exatamente o mesmo som da primeira que você tocou. A diferença é o timbre, mais agudo.
Matemática
Essa divisão de tons é usada para fazer música há alguns séculos no Ocidente. Mas o som não necessariamente precisa de divisões. Ele pode variar de forma contínua, do agudo para o grave e vice-versa.
As diferentes tradições musicais têm sons característicos porque cada cultura adota pedaços ou organizações diferentes dessa mesma escala cromática, com diferentes intervalos entre as notas. No Ocidente, a escala mais comum é o dó-ré-mi-fá-sol-lá-si, com sete tons. Na China, a escala mais comum é baseada em apenas cinco tonalidades.
Para o filósofo grego Pitágoras, a relação entre cada tom poderia ser deduzida a partir de relações matemáticas entre os tons.
Além de números
Os pesquisadores da Duke University extraíram cerca de 100 mil trechos de voz de 0,1 segundo de duração cada de diversas conversações em língua inglesa.
A análise acústica desses trechos revelou dez picos de frequência que batem com os intervalos mais comuns utilizados na música de todo o planeta. O pico de frequência é atingido quando uma onda sonora entra em ressonância com a garganta e a cavidade oral.
O resultado forneceu a Purves pistas para tentar provar que, mais que a matemática, a exposição do homem ao som de sua própria voz pode ter ajudado a construir a estrutura de tons da música.
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