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Caso Roseana Sarney cria avalanche de desatinos

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Em 1971, o filme "Bananas", de Woody Allen, retratava com sarcasmo a forma de governo num hipotético país do Terceiro Mundo. Pois bem, ao que parece, o cineasta está trabalhando para os partidos políticos brasileiros. É o que se pode concluir em um governo que deixa Jorge Murad, mesmo processado por fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ganhar um novo cargo público: o de gerente de Ciência e Tecnologia do Maranhão. Cargo, pasmem, equivalente ao de secretário de Estado.

A história fica mais despropositada se for levado em consideração que a nova função do marido de Roseana Sarney, candidata do PFL à Presidência, tem o objetivo de levá-lo a ganhar foro privilegiado na Justiça. Tudo isso, para que ambos consigam explicar com um mínimo de serenidade e coerência - o que até hoje não foi feito -, porque guardavam 1,3 milhões de reais na empresa Lunus, qual eram sócios.

E ninguém faz nada. Principalmente o PFL, que está boicotando as atividades legislativas, com um custo à economia de mais de R$ 400 milhões por semana. Acreditam na tese de que a ação de busca na empresa Lunus é fruto de uma armadilha política e não de um ato policial autorizado pela Justiça. Tal como o fato de a Polícia Federal ter intimado o casal a depor no inquérito que apura a participação dos dois na liberação de recursos ao polêmico projeto Usimar - a construção de uma fábrica de autopeças no Maranhão -, que recebeu, indevidamente, R$ 44 milhões.

A prova da insensatez do partido é a nota emitida pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen, no mínimo desconcertante: "no intuito de embaraçar a verdade e impor a intimidação, mais uma vez, movem-se os setores alinhados com a violência e arbitrariedade", diz o texto, em defesa da greve legislativa. Uma solidariedade que ultrapassa as fronteiras da civilidade, legalidade e da lógica, até porque o partido perde com toda essa lama. A própria candidatura de Roseana está em frangalhos.

Enquanto isso, José Serra, candidato à presidência pela PSDB, tenta driblar o conflito elogiando até Sarney Filho, irmão de Roseana. E o Lula, o candidato do PT, aparece acriticamente na TV como uma esquerda light. Não passam de atitudes complacentes a tudo o que acontece, como se fosse algo normal. E o povo, impassível, assiste de camarote.

 

 
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