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ASNEIRAS E EQUÍVOCOS

Isto é que é amor!

Cristina Veiga
especila para o GD

Imaginem a cena: o príncipe Charles, da Inglaterra, de joelhos pedindo perdão ao ex-marido de sua futura mulher - Camilla Parker Bowles - por ter tido um romance às escondidas com sua então esposa. Impossível? Não, não é impossível. Pelo menos não na cabeça do bispo anglicano de Salisbury, David Stancliffe. Ele quer que o Príncipe de Gales peça desculpas ao brigadeiro Andrew Parker Bowles por ter lhe chifrado durante anos.

Isto é que é amor! Já não bastasse a ausência da rainha da Inglaterra no segundo casamento do filho, o príncipe Charles terá agora que passar por essa humilhação. “O príncipe de Gales e a senhora Parker Bowles serão parte das orações de arrependimento no serviço religioso após seu casamento civil”, insiste o tal bispo da Igreja Anglicana convicto que o amor é capaz de superar qualquer obstáculo.

Pode até ser. Principalmente no caso desse casal. Camilla se divorciou de seu primeiro marido quando o príncipe admitiu em público – em um documentário para a televisão – ter cometido adultério. Em 1996 foi a vez do próprio Charles divorciar-se de Diana, que morreu um ano mais tarde em um acidente de carro. Agora, nove anos depois Charles e Camilla finalmente oficializarão o romance clandestino. Não sem antes pedir perdão.

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Charles deveria pedir desculpas ao ex-marido de sua futura mulher, Camilla Parker Bowles, por ter cometido adultério com ela enquanto os dois ainda estavam casados. A admoestação foi feita pelo bispo anglicano de Salisbury, David Stancliffe, numa entrevista ao jornal “The Times”. A residência oficial do príncipe de Gales, Clarence House, disse que o tema era um “assunto privado” e não quis manifestar-se.

Segundo o religioso, as normas eclesiásticas estabelecem que o herdeiro britânico, que vai se casar com Camilla no dia 8 de abril, deve desculpar-se com o brigadeiro Andrew Parker Bowles por ter contribuído para o fim de seu casamento em 1995. “O príncipe de Gales e a senhora Parker Bowles serão parte das orações de arrependimento no serviço religioso após seu casamento civil. A preparação para a expressão formal dessas orações inclui reparar qualquer ferida, restaurar as relações e prestar atenção às relações rompidas ou aos danos por má conduta”, justificou o bispo, um especialista na condução de serviços religiosos.

Para ele, o pedido deve ocorrer antes do casamento, mas não ficou claro se pode ser feito por carta ou é necessário que seja em pessoa.

Charles e Camilla se casarão numa cerimônia civil na municipalidade de Windsor, a oeste de Londres, e em seguida haverá um serviço religioso para benzer a união na capela do Castelo de Windsor. O casamento religioso foi descartado, embora a Igreja Anglicana tenha recentemente abrandado sua oposição a que pessoas divorciadas subam novamente ao altar.

No caso de Charles, porém, ela continua dividida, uma vez que ele se tornará o chefe supremo dos anglicanos quando for rei. Camilla se divorciou de Andrew Parker Bowles — com quem se casara em 1973 e tem um casal de filhos, Laura e Tom — um ano depois de Charles admitir num documentário televisivo que havia cometido adultério.

Em 1996, foi a vez de o príncipe se divorciar de Diana, que morreu no ano seguinte num acidente automobilístico em Paris. A imprensa britânica responsabiliza Camilla pelo fim do casamento. Diana chegou a falar de um “casamento a três”, que ficou comprovado quando foi vazada para a imprensa uma conversa telefônica de alto teor erótico entre Charles e Camilla.

Uma nova pesquisa de opinião publicada pelo jornal “Daily Mail” indicou que 65% dos britânicos acham que o casamento dos dois prejudicará a monarquia e 73% se opõem a que Camilla receba o título de rainha. Apesar disso, 57% dos futuros súditos de Charles aprovam seu segundo casamento. Ontem anunciou-se também que a lua-de-mel do príncipe na Escócia será interrompida seis dias depois da cerimônia para que o casal inaugure um playground perto de Balmoral, onde a rainha tem uma propriedade. Será o primeiro compromisso de Camilla como membro da família real.

As informações são do jornal O Globo.

 
 
 

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