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“Vinha no carro ouvindo você falar sobre a criação de um Selo para identificar motoboys quando um deles bateu violentamente no espelho retrovisor direito do meu carro, o que me levou imediatamente à fúria pela impossibilidade de qualquer reação. Estamos presos dentro do trânsito de São Paulo à mercê dessa turma.

O retrovisor custa cerca de R$ 800, 00 (sim, este é o valor) e quase o perdi.

Assim, não cheguei a ouvir completamente o que você disse sobre a campanha, mas já posso adiantar que um Selo, ou qualquer outra ação para distinguir motoboys, é algo muito difícil de se fazer em São Paulo, algo inócuo.

O motoboy tem uma vida singular, mais ou menos assim:
• nem sempre é ligado à uma empresa,
• a maioria trabalha por conta porque o dono da empresa não quer CLT,
• todo mundo já sabe que o motoboy trabalha por job e quanto mais fizer num dia, mais ganha,
• o motoboy é quem sustenta a moto e não há seguro para isso,
• todos os riscos ficam por conta dele, gasolina, manutenção, etc,
• já é uma tradição o motoboy desrespeitar o Código Nacional de Trânsito, a sinalização, os agentes da Lei, os motoristas dos outros veículos em função da sua necessidade de sobrevivência (leia-se dinheiro).

Desta forma, não se pode dizer que é uma categoria especifica porque não existe controle sobre eles. A uns poucos que se submetem a uma instituição, talvez seja possível que ouçam o que se pretende para melhorar a vida deles, talvez até colem o adesivo na moto (o que é proibido pelo Código Nacional de Trânsito), talvez até leiam algum material.

Mas, a grande maioria continuará seu dia-a-dia na luta pela sobrevivência, estacionando motos em calcadas, andando na contramão, passando nos semáforos vermelhos, quebrando os retrovisores dos outros e fugindo, andando sem documentos, lutando para fazer o mais rápido possível o seu job e pegar outro em seguida.

Sou motociclista há mais de 40 anos, tenho moto de grande cilindrada, não gosto nem um pouco quando eles “colam” na minha traseira. Entendo que é um serviço de extrema rapidez, necessário para os tempos atuais, porém tudo deveria começar a partir do momento em que a pessoa se inscreve para tirar carteira de habilitação para motos.

Esse é o momento de doutrinar as pessoas e depois ampliar a fiscalização nas ruas.

Inclusive ampliar a cassação de Carteiras em blitz nas ruas e avenidas porque se dependermos da pontuação, talvez mais da metade dos motoboys já pagou para algum despachante tirar os pontos do prontuário.

Será muito difícil essa conscientização após anos em que ficaram “soltos”, sem praticamente nenhum freio em suas ações.

O primeiro passo será uma auditoria no órgão fiscalizador para evitar a corrupção e permitir o correto registro de multas. O segundo, agir imediatamente ao constatar as infrações e a soma dos 20 pontos na Carteira.

A terceira, mais difícil, seria a apreensão da moto para garantir que o motoboy faça o curso de reciclagem no Detran para então, atualizá-lo e passar todas as mensagens que se deseja, para um trânsito melhor e mais seguro. Inclusive para evitar mortes dos motoboys”,
Edson Lobo - edson_lobo@hotmail.com

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