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Mais são paulo
23/08/2005
Criança pode ganhar com esmola mais do que trabalhador assalariado

da Redação

Acaba de sair uma pesquisa da Prefeitura em parceria com a ONG Travessia a respeito do trabalho infantil nos semáforos paulistanos. O resultado explica porque, mesmo em casos em que a família dessa criança receba auxílio de programas sociais, o trabalho infantil permaneça. Quase 15% das crianças que vivem da esmola ou da venda conseguem arrecadar 800 reais. Esse é um salário que muitos professores de escola pública, de plantonistas do Hospital das Clínicas e muitos outros trabalhadores não conseguem atingir. No geral a média arrecadada gira em torno de 400 a 500 reais.

São 3 mil crianças localizadas em 188 pontos da cidade. Boa parte dessas crianças passou pelas escolas e tem famílias. Mas, como há por trás dessa criança há uma rede de pessoas que estão sendo beneficiadas com o trabalho infantil, a situação se perpetua.

É por isso que a ação do poder público, em parceria com a sociedade é fundamental. Um programa da Secretaria de Assistência Social juntamente com entidades não-governamentais já está sendo elaborado. A idéia é assistir a família dessa criança de tal forma, que ela não precise explorar seu filho. Apenas no limite é que essa criança seria tirada de seus familiares e encaminhada ao serviço de assistência social.

Um dos fatores que contribui para que a iniciativa dê certo é que boa parte das famílias que têm filhos nessa condição são beneficiadas de algum tipo de programa social, como o Renda Mínima. Sabendo que estão sob vigilância, as famílias podem ficar coibidas a exercer o trabalho infantil para não perder o benefício.

A preocupação com o trabalho infantil não é de hoje. Há uma série de cidades que já iniciaram programas como este e tiveram retorno positivo como: Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campo Grande, entre outras. Há também, na cidade de São Paulo, um morador de rua, que, ao ver uma criança na mesma situação que a dele, criou a frase “não dê esmolas, dê futuro”, que acabou virando slogan de campanha de erradicação do trabalho infantil. A escritora infantil Patrícia Secco, que ao ser interpelada por uma criança pedido de esmola, também tem seu método próprio de combater esse crime. Ao invés de dar dinheiro, dá seus livros.

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